O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou nesta quinta-feira (10) que o governo avalia repatriar, em voos comerciais, novas levas de brasileiros que tentam fugir da guerra na Ucrânia. Segundo ele, essa opção seria mais econômica que enviar aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) ao Leste Europeu.
A declaração foi dada na Base Aérea de Brasília após a chegada de duas aeronaves da FAB com brasileiros e estrangeiros que deixaram a Ucrânia após a invasão das tropas russas, há duas semanas.
Questionado se há previsão de novos voos do gênero, França declarou que ainda há brasileiros registrados na Embaixada do Brasil em Kiev (capital da Ucrânia) e que desejam ser repatriados.
“O presidente já colocou aeronaves em prontidão, mas na verdade o que nós pensamos é que, pelo número que nós temos hoje registrado lá na Embaixada do Brasil, em Kiev, ficaria mais econômico trazer pro Brasil, repatriar por voo comercial”, disse França.
O g1 pediu o número de brasileiros nessa situação ao Itamaraty e aguarda retorno.
Grupo chega ao Brasil
Nesta quinta, pousaram em Brasília um KC-390 Millennium e um VC-99B Legacy com 68 pessoas, entre adultos e menores, que fugiram da guerra. Também vieram 10 animais de estimação. O grupo foi resgatado em Varsóvia, na Polônia.
Estavam nas duas aeronaves, além da tripulação e de autoridades do Itamaraty:
43 brasileiros (12 menores)
19 ucranianos com familiares brasileiros
5 argentinos
1 colombiano
10 animais de estimação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu à base para recepcionar o grupo, acompanhado de ministros do governo. De acordo com o governo, os passageiros do voo que desembarcou na capital precisarão fazer testes para detecção da Covid-19.
A informação foi divulgada em uma rede social pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. De acordo com ele, hotéis serão disponibilizado para quarentena, caso alguém teste positivo.
Guerra na Ucrânia
A invasão russa teve início em 24 de fevereiro com ataques por ar, terra e mar em diferentes pontos do território ucraniano. De acordo com a ONU, mais de 2,3 milhões de pessoas já deixaram a Ucrânia.
Nesta quinta, não houve progresso quanto a um cessar-fogo no encontro que aconteceu entre os ministros de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, e da Rússia, Sergei Lavrov.
Bolsonaro até o momento tem evitado criticar o ataque russo, porém o Brasil condenou a invasão no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). As manifestações erráticas das autoridades são alvos de críticas.
Fonte: g1
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