quarta-feira, fevereiro 09, 2022

Fachin diz que violência de gênero ameaça democracia e defende 'vacina' contra misoginia

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta quarta-feira (9) que a violência política de gênero está cada vez mais presente e que, por isso, “é urgente vacinar o país contra o vírus do autoritarismo, da misoginia e da discriminação”.


O vice-presidente do TSE, ministro Edson Fachin. — Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF


Fachin fez a declaração durante o 1º Encontro Nacional de Magistradas Integrantes de Cortes Eleitorais, promovido pelo TSE.


Ele citou números sobre violência contra as mulheres e apontou que os dados indicam "um cenário preocupante" para a democracia brasileira em 2022, anos de eleições.


De acordo com o ministro, “jamais haverá democracia onde houver violência".


"É urgente vacinar o país contra o vírus do autoritarismo, da misoginia e da discriminação. Vacina sim, contra o vírus da autocracia. Democracia sempre", afirmou Fachin


Além de Fachin, participam do encontro o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e a ministra do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia.


Barroso defendeu uma maior participação das mulheres nas eleições e na política.


“Apenas 15% de participação feminina no legislativo é um problema”, disse.


A ministra Cármen Lúcia também criticou a falta de igualdade em relação às mulheres.


“O discurso andou, a liberdade não chegou plenamente para todas as mulheres”, disse.


Cenário adverso

Segundo Fachin, o cenário político adverso é desafiador e recheado de "esperança para vencer preconceitos e para vencer dissimulações desse jogo de exclusão que tende a se perpetuar, a não ser que um número mais significativo de mulheres passe a representar, quando menos, os interesses da sua metade na população brasileira”.


"Por isso, desejamos paz e segurança nas eleições que se aproximam”, disse Fachin.


“Pluralidade de ideias e diversificação da agenda política são fundamentais para o alcance da igualdade e fortalecimento da democracia”, declarou.


Fonte: g1

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