A CPI da Covid deve deixar para um segundo momento a votação de requerimentos pedindo a convocação dos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Justiça, Anderson Torres. Segundo membros da comissão, não foi construído ainda um acordo para análise desses pedidos, e a tendência é que fiquem para depois.
O tema será discutido após o depoimento do ex-ministro da Saúde Nelson Teich, nesta quarta-feira (5). A princípio, a votação dos requerimentos seria feita antes da fala de Teich, mas, pela falta de acordo entre os senadores sobre esses pedidos, a decisão foi analisar todos ao final da sessão.
Por enquanto, há acordo para aprovar os pedidos de convocação do ex-secretário de Comunicação Social Fábio Wajngarten, do ex-ministro de Relações Exteriores Ernesto Araújo e de representantes da farmacêutica Pfizer, do Instituto Butantan, da Fundação Osvaldo Cruz e da vacina Sputnik V.
A convocação do ministro da Justiça foi proposta pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), depois que Torres, em entrevista à revista "Veja", criticou a CPI da Covid e afirmou que iria solicitar à Polícia Federal informações sobre inquéritos contra governadores.
Para o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), as declarações de Torres insinuaram que a PF poderia ser usada "como uma polícia política", o que seria inaceitável. Renan diz que Torres dá sinais de que gostaria de que o país estivesse sob um estado policial.
A convocação de Guedes chegou a ser aventada na semana passada, mas deixada para depois. Na terça-feira (4), depois que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta disse à CPI que Guedes deixava o enfrentamento da pandemia em segundo plano, Randolfe propôs a convocação.
Fonte: Blog do Valdo Cruz
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