O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (11) que o governo vai anunciar novas medidas para conter os efeitos econômicos da pandemia da Covid-19 no país.
Segundo o ministro, as medidas “vêm ai” e devem ser anunciadas pelo presidente Jair Bolsonaro em breve.
Sem citar detalhes, Guedes falou na criação de um "seguro-emprego". De acordo com o ministro, a medida funcionaria com o pagamento de R$ 500 ao mês, por até 12 meses, para evitar demissões.
“Por que não dar R$ 500 para ter um seguro emprego? Em vez de esperar alguém ser demitido e dar R$ 1 mil, vamos evitar a demissão pagando R$ 500 antes. Um seguro-emprego", disse Guedes.
"Em vez de uma cobertura de quatro, cinco meses, como é hoje o seguro-desemprego, vamos fazer uma cobertura de 11 meses, 12 meses pela metade do custo”, completou o ministro durante encontro da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa.
O valor do seguro-desemprego recebido pelo trabalhador demitido depende da média salarial dos últimos três meses anteriores à demissão. No entanto, o valor da parcela não pode ser inferior ao salário mínimo vigente, que hoje é de R$ 1,1 mil.
O trabalhador recebe entre três e cinco parcelas, dependendo do tempo trabalhado. São três parcelas do seguro-desemprego se comprovar no mínimo seis meses trabalhado; quatro parcelas se comprovar no mínimo 12 meses; e cinco parcelas a partir de 24 meses trabalhados.
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Guedes não deu mais detalhes sobre como funcionaria o “seguro-emprego”. A ideia, entretanto, é parecida com o programa adotado no ano passado e que permitiu a redução de salários e a suspensão de contratos de trabalhos.
Nesse programa, que vigorou até dezembro de 2020, o governo pagava parte do salário desses trabalhadores pelo governo e, em troca, a empresa se comprometia a não demiti-los por um período.
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Durante a participação no evento, Guedes voltou a dizer que deve relançar o programa de redução de salários e suspensão de contratos.
O ministro afirmou ainda que a economia brasileira está se recuperando e que, nos próximos dias, o governo vai anunciar a arrecadação de fevereiro, que foi recorde.
“A arrecadação é algo que devemos anunciar no máximo na semana que vem. A arrecadação, em fevereiro desse ano, recorde histórico para fevereiros. A economia voltou em 'V', está começando a decolar de novo. Vacina em massa de um lado, para o retorno seguro ao trabalho, e, de outro lado, girar a economia. É isso que estamos olhando para a frente”, disse.
Fonte: G1
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