O Iraque registrou, nesta quarta-feira (17), 5.663 novos casos de Covid-19, um recorde no país que recebeu o Papa Francisco há quase duas semanas. O número de mortes nas últimas 24 horas foi de 33.
Apesar do aumento do número de infecções, na terça-feira as autoridades anunciaram uma flexibilização do toque de recolher que já vigorava havia algumas semanas.
O Iraque tem cerca de 40 milhões de habitantes e problemas com escassez de remédios, médicos e hospitais. Os pacientes, ao saberem que foram infectados, geralmente preferem instalar um cilindro de oxigênio em suas casas a ir para os hospitais.
Desde o surgimento do coronavírus no país, em fevereiro de 2019, cerca de 770 mil pessoas foram infectadas, e 13,8 mil morreram.
Essas estatísticas são divulgadas diariamente pelo Ministério da Saúde, que indica que realiza cerca de 40.000 exames por dia, índice muito baixo em um país que possui várias cidades com mais de dois milhões de habitantes e onde a densidade demográfica é alta.
O Iraque recebeu 50 mil doses da vacina da chinesa Sinopharm na véspera da chegada do papa.
A cidade de Bagdá afirma ter um plano para comprar 16 milhões de doses, mas o Parlamento ainda não aprovou o orçamento de 2021.
De 5 a 8 de março, para a primeira visita de um papa da história ao Iraque, Francisco percorreu o país, celebrando orações e missas entre centenas de fiéis que se aglomeraram ao seu redor, e até mesmo em um estádio cheio de milhares de pessoas em Erbil.
Nessas aglomerações, como na vida cotidiana, havia poucos iraquianos com máscara - e a recente introdução de uma multa não mudou isso.
Fonte: Frances Presse
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