quarta-feira, junho 12, 2019

Juíza substituta da Lava Jato diz que teve celular invadido

A juíza substituta da Operação Lava Jato Gabriela Hardt, da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, afirmou nesta quarta-feira (12) que também teve o celular invadido. Por meio de nota, a Justiça Federal informou que ela teve o aplicativo de mensagens Telegram acessado indevidamente.

Gabriela Hardt substituiu Sérgio Moro na Lava Jato antes da chegada de Luiz Antônio Bonat — Foto: Reprodução/TV Globo
Gabriela Hardt substituiu Sérgio Moro na Lava Jato antes da chegada de Luiz Antônio Bonat — Foto: Reprodução/TV Globo

Segundo comunicado, o celular foi invadido "na mesma época e aparentemente pela mesma pessoa/grupo que invadiu os aparelhos dos procuradores" da força-tarefa.

"A juíza não verificou informações pessoais sensíveis que tenham sido expostas e entende que a invasão de aparelhos de autoridades públicas é um fato grave que atenta contra a segurança de Estado e merece das autoridades brasileiras uma resposta firme. Da mesma forma, a juíza federal espera que o Poder Judiciário, do qual faz parte, perceba tal gravidade e adote medidas firmes para repelir tais condutas", diz a nota.

A Polícia Federal suspeita que a invasão ao celular do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) e a procuradores da Operação Lava Jato tenha sido planejada.

Os investigadores estão colhendo indícios sobre a autoria, sobre quem teve acesso de forma ilegal a conversas privadas do ministro e qual o método usado pelos hackers. Quatro inquéritos investigam os ataques semelhantes.

Juíza comandou processos da Lava Jato

Com o afastamento de Sérgio Moro dos processos da Lava Jato, em novembro de 2018, para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação foi comandada pela juíza Gabriela Hardt por cerca de três meses.

Ela deixou a função de titular no começo de fevereiro deste ano, quando o juiz federal Luiz Antonio Bonat assumiu em definitivo o lugar de Moro.

Nesse período, Gabriela foi responsável, por exemplo, pela condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em ação sobre sítio de Atibaia (SP).

Fonte: G1

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