O Facebook anunciou nesta quarta-feira (27) que irá remover qualquer tipo de suporte, apoio e representação de conteúdo nacionalistas, supremacistas brancos e separatistas da rede social.
Facebook identificou sobreposição de ideias nacionalistas com grupos de ódio, como os supremacistas brancos que carregaram tochas, em 2017, na Universidade da Virgínia, em Charlottesville, nos Estados Unidos — Foto: Alejandro Alvarez/News2Share via Reuters
"Está claro que esses conceitos estão profundamente ligados a grupos de ódio organizados e não têm espaço nos nossos serviços", disse a empresa em nota. O Instagram, que é do Facebook, também está sujeito à nova regra e passará pelo mesmo filtro.
Segundo a empresa, há muito tempo as políticas internas proíbem tratamento de ódio com base em características como raça, etnia e religião — e isso incluía supremacistas brancos também. Mas, segundo o próprio Facebook, essa lógica não era aplicada para outras questões, como separatismo e nacionalismo
"Nos últimos 3 meses nossas conversas com membros da sociedade civil e acadêmicos especializados em relações de raça confirmaram que nacionalismo branco e separatismo não pode significativamente serem separados da supremacia branca e de grupos de ódio organizados", afirmou a empresa, que percebeu uma sobreposição dos grupos de ódio catalogados na política interna de "indivíduos perigosos" com os temas em questão.
O Facebook também afirma que as pessoas ainda poderão demonstrar orgulho de sua herança étnica, mas que o apreço por ideias supremacistas e separatistas não serão mais tolerados.
Facebook atualiza políticas e vai começar a redirecionar quem buscar por conteúdo de ódio para grupos de apoio. — Foto: Divulgação/Facebook
A rede social também afirmou que, a partir de hoje, quem fizer buscas por conteúdo supremacista branco será direcionado para páginas com recursos que ajudam a "deixar o ódio para trás". Essa atitude envolve uma parceria com a organização Life After Hate (Vida Depois do Ódio, em tradução livre), fundada por antigos extremistas que agora trabalham com educação, intervenção e grupos de apoio.
O Facebook já havia tido problemas com neonazistas em 2017, quando lidou com compartilhamento de sites e notícias por parte desse grupo de ódio durante protestos em Charlottesville, no estado norte-americano da Virgínia.
Fonte: G1
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