Meteorologistas se reúnem no RN para discutir clima da região Nordeste

O Rio Grande do Norte recebe nesta quinta-feira (18) e sexta-feira (19) a II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste Brasileiro. O encontro terá como

principal objetivo analisar as condições climáticas na região pelos próximos três meses. A reunião será realizada na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), em Parnamirim.

De acordo com Gilmar Bristot, gerente de Meteorologia da Emparn, também serão discutidos os efeitos do El Niño, a temperatura oceânica, para fazer uma previsão mais específica para o próximo trimestre.

“Vamos analisar as condições oceânicas e atmosféricas para ver como as chuvas vão se comportar no período de março, abril e maio. Vamos discutir a questão do El Niño, da temperatura do Oceano Atlântico, se está melhorando, se está piorando, para poder elaborar as previsões para os próximos meses”, declarou.

A reunião desta semana em Natal encerra as previsões para o período entre março e maio. Os primeiros prognósticos foram realizados na reunião em Fortaleza, no início do ano.

“A previsão inicial, nós tivemos na I Reunião, em Fortaleza. Nos meses de fevereiro e março deveriam ficar abaixo do normal. Melhorando em abril e maio, decorrente da diminuição dos efeitos do El Niño. Então, a previsão de chuvas deverá melhorar a partir de abril. Vai ser a última previsão para os próximos meses. Depois, vamos começar a previsão para o próximo semestre”, disse Bistrot.

Condições atuais

Apesar das chuvas no mês inaugural do ano, a situação na região não apresentou uma melhora significativa, é o que explica Gilmar. Segundo ele, as chuvas de janeiro não são indicadas para a prática da agricultura.

“A condição atual ainda continua critica, mesmo com as chuvas de janeiro. Não tivemos muitas mudanças na condição hídrica. As chuvas de janeiro não devem ser muito aproveitadas na agricultura. Porque, normalmente, sempre há oscilação na ocorrência de chuvas em fevereiro. Isso prejudica a plantação. Nós indicamos que evitasse plantar em janeiro, principalmente, em grandes lavouras.”

O resultado das análises que serão feitas na reunião serão divulgadas posteriormente pela Emparn.

Fonte: Portal Noar