O presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, desabafou com aqueles que eram seus principais aliados durante a sua gestão, em
reunião neste domingo (11).
O encontro aconteceu no Morumbi, com a presença de alguns de seus ex-vice-presidentes e ex-diretores, entre eles Antonio Donizetti Gonçalves, vice social.
Segundo relatos dos que estiveram na conversa, o presidente do São Paulo disse ser vítima em todo o processo de denúncias e acusações que o envolve. Aidar também lamentou ter "confiado demais nas pessoas" e afirmou estar decepcionado.
"Ele disse que é vítima. O nosso grupo perdeu toda a confiança nele. Não tem mais como confiar. Vamos esperar a carta de renúncia e reconstruir o São Paulo", declarou Antonio Donizetti, conhecido no clube como Dedé, em contato com a Folha.
"Aidar disse que confiou muito em algumas pessoas que não deveria, como o caso do Ataíde [Gil Guerreiro, ex-vice de futebol]. Mas o Ataíde tem uma outra versão sobre isso", completou.
Na reunião, Aidar também falou sobre sua renúncia. Disse que vai entregar a carta de despedida nesta terça-feira (13), às 18h, e que só tomou essa decisão por causa da pressão de seus sócios no escritório de advocacia.
Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Conselho Deliberativo, é quem vai assumir o cargo do presidente assim que ele sair. Depois, tem 30 dias para chamar uma nova eleição.
A expectativa era que ele fosse candidato único, mas ex-aliados de Aidar já tentam viabilizar uma chapa para concorrer no processo.
A reportagem tentou entrar em contato com Aidar, mas não conseguiu.
Eduardo Alfano, ex-diretor de relações internacionais, afirmou à Folha que não fez parte da reunião, como havia sido informado pela matéria inicialmente.
E-MAIL
Na última semana, Ataíde Gil Guerreiro enviou um e-mail para Carlos Miguel Aidar dizendo ter gravações que comprovam a forma como o presidente ganhava dinheiro nas negociações de jogadores e também da participação da namorada do mandatário, Cinira Maturana, em comissões.
Dos diversos escândalos apontados na atual gestão, poucos foram explicados.
Fonte: Folha de São Paulo
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