No segundo jogo de Dunga, o Brasil foi menos "certinho" que diante da Colômbia, mas o resultado foi o mesmo: 1 a 0. Com mais
desorganização atrás, mais ímpeto na frente e Neymar bastante participativo, a seleção brasileira venceu o Equador e o gramado ruim em Nova Jérsei, nos EUA, com um golaço de Willian.
Os dois triunfos em dois jogos dão um respiro a Dunga, que viveu dias agitados em solo norte-americano com a indisciplina e o corte de Maicon. Agora, o treinador terá os resultados a seu favor para continuar pensando na revolução gradual que tenta promover no time após o vexame da Copa do Mundo.
O problema é que o time segue muito dependente de Neymar. Se na semana passada o camisa 10 decidiu contra a Colômbia com um golaço de falta, nesta terça foi um passe de esquerda que deixou Willian na cara do gol para decidir. A nota lamentável para o craque do Barcelona foi o gol feito que ele perdeu no início do segundo tempo, debaixo da trave.
Fases do jogo:
O Brasil começou o jogo sofrendo mais com o gramado que com o Equador, roteiro que seria predominante em quase todo o confronto. Com um time ofensivo, a seleção se mexeu, buscou espaço e trocou passes, mas os últimos fundamentos esbarravam, às vezes literalmente, no campo ruim.
Neymar, então, foi decisivo. Em disparada depois de um chutão ou em jogadas individuais, o camisa 10 abriu espaços para testar a zaga do Equador. No lance do gol, foi decisivo ao dar um lindo passe de esquerda para Willian, que apareceu livre na área para marcar com categoria aos 30 minutos do primeiro tempo.
A vantagem retraiu o Brasil, que passou a apostar muito em estocadas no ataque e deu campo ao Equador. O time rival colocou uma bola na trave, exigiu uma grande defesa de Jefferson e um corte de Filipe Luís em cima da linha.
Com Phillipe Coutinho e Elias (e um pouco de calma), as coisas se acertaram do meio da etapa final em diante. O Brasil aos poucos deu menos espaço e voltou a atacar, mas não solucionou o problema em nenhum dos dois lados até o apito final.
O melhor: Neymar. Como sempre, o camisa 10 foi a diferença do Brasil em campo. Foi ele quem deu os dois primeiros chutes do time. O terceiro foi um lindo passe dele para Willian, que abriu o marcador. Mesmo caçado, ele era o único que não sofria tanto com o gramado. A ressalva foi o gol feito
O pior: Gramado. Uma grande placa de grama natural colocada sobre o piso artificial, que é usado em jogos de futebol americano, deixou tudo muito fofo. O campo de jogo atormentou a seleção porque a bola não corria ou quicava. Paredes, do Equador, também ganha uma menção honrosa, pelo mau futebol e as pancadas que distribuiu.
Chave de jogo: Bola parada. Mais uma vez, o time de Dunga alivia um jogo que se desenhava duro com um lance de bola parada. Dessa vez, o tiro direto de Neymar deu lugar a uma linda tabela que deixou Willian na cara do gol.
Toque do técnico: Dunga viu sua defesa vacilar pela primeira vez, dando espaços perigosos a um time que nem procurou tanto o ataque, especialmente depois que ele mexeu no ataque durante o intervalo. Na frente, Tardelli também não conseguiu se movimentar tanto e a seleção mostrou falta de entrosamento.
Para lembrar:
Público pequeno: Ao contrário do que havia acontecido em Miami, contra a Colômbia, a seleção não movimentou tanta gente em Nova Jérsei, diante do Equador. Boa parte do anel superior do estádio MetLife ficou vazio, dando a medida do momento que vive a equipe brasileira. Foram 35 mil pessoas, cerca de metade do último jogo.
Defesa errou: O Brasil deu espaço nas pontas e foi desorganizado na marcação. Em alguns lances, os jogadores correram atrás da bola e esqueceram de suas posições e funções.
Vaga de Maicon: Danilo entrou e não foi especialmente mal. Diferentemente do veterano que substituiu, buscou mais o jogo pelo meio e por vezes deu espaço nas suas costas. Nada que faça o técnico sentir saudade do lateral da Roma.
Fonte: Uol
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