Mais de 18 mil famílias alagoanas que vivem na região do semiárido do estado e que foram contempladas com cisternas de polietileno, através do Programa
'Água para Todos', do Ministério da Integração, melhoraram a qualidade de vida nos últimos anos. Em detrimento da maior estiagem já registrada nas últimas décadas, os benefícios proporcionados pelo projeto são comemorados, principalmente, neste sábado (22), quando se celebra o Dia Mundial da Água.
As cisternas já foram instaladas em pelo menos 20 municípios alagoanos. Os números são da Acqualimp, empresa responsável pela fabricação dos reservatórios, diante dos dados apresentados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf/AL) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).
Os reservatórios, utilizados para acumular água da chuva, garantem condições para que uma família de quatro a cinco pessoas se mantenha por até nove meses de estiagem. Desta forma, a estimativa é que mais de 10 mil novas cisternas sejam instaladas, até o final deste ano, para a suprir a necessidade das pessoas que vivem no Sertão alagoano.
O público-alvo do governo federal para receber os reservatórios de forma gratuita pelo programa 'Água para Todos' são as famílias que vivem abaixo da pobreza e que dependiam, ou ainda dependem, de formas rústica para transportar e armazenar água durante o período de estiagem. Das 136 mil pessoas identificadas na região com este perfil social, 27.391 serão beneficiadas com água limpa perto de casa até o final deste ano, segundo os dados da Acqualimp.
Benefício
Entre os diversos benefícios dos reservatórios de polietileno estão a vedação dos tanques que evitam que a água evapore por causa do forte calor da região. O material utilizado é resistente e dificilmente trinca ou racha, evitando perdas e contaminação da água, além da vantagem das famílias terem água limpa próxima de casa, evitando que elas recorram ao líquido retirado de barreiros, procedimento que ainda tem o agravante do transporte inadequado, favorecendo a contaminação.
"Todo mundo adoecia com a água daqui. Agora a gente só bebe água de cisterna. Ninguém precisa tomar água de barreiro, açude ou desses lugares em que não se pode confiar", afirma Josefa dos Santos, que vive com a família no município de Traipu.
A dona de casa Joselma Santos da Silva afirma que a baixa qualidade da água era uma coisa que a preocupava antes da chegada das cisternas. "Se fosse antes, eu nem imagino como seria minha vida. Agora, meu filho bebe água apenas da cisterna”, relata.
A mudança no município é atestada na unidade de Saúde da Família no município. "Havia muita incidência de diarreia e tantas outras doenças, um reflexo do fato de as pessoas tomarem uma água nada sadia. Hoje, já percebemos no dia a dia do atendimento que a incidência caiu", afirma o médico Bruno Luiz Correia Leão.
Para o diretor da Acqualimp, Amauri Ramos, essa realidade mostra como devem ser levadas em consideração todas as tecnologias na hora de promover acesso à água de qualidade. "A escassez submete milhões de brasileiros a uma condição de risco hídrico gravíssimo há séculos e os expõe a doenças e condições sub-humanas de sobrevivência. A Acqualimp acredita que todas as tecnologias empregadas na região – polietileno ou outras – são complementares e atendem ao objetivo final do governo de erradicar o risco hídrico no semiárido do País", expõe.
Reprodução Cidade News Itaú
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