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sábado, março 22, 2014

Por maioria dos votos, júri inocenta médica da morte de Daniel Houly

Advogado diz que Tânia chegou no quarto no momento que Houly tentava se matar. (Foto: Carolina Sanches/G1)Por quatro votos a três, a médica Tânia Liana Medeiros foi inocentada da acusação da morte do marido, o também médico e vereador arapiraquense Daniel Houly, crime
ocorrido há 15 anos. O julgamento, que aconteceu no auditório da Escola Superior de Magistratura de Alagoas (Esmal), no Farol, começou na manhã de sexta-feira (21) e terminou por volta das 23h.
Durante todo o julgamento, a defesa sustentou que o médico vinha apresentando sinais de depressão e, no dia do crime, foi encontrado com uma arma, afirmando que não houve homicídio e sim suicídio do médico. Já para a acusação, o motivo do homicídio seria um depósito bancário no valor de R$ 43 mil feito pelo INSS a Daniel, na conta de Tânia, que seria usado para uma viagem do médico sem a esposa.
Após o julgamento, o promotor de Justiça. Flávio Gomes, recorreu da sentença e apelou para um novo júri. Segundo ele, a decisão foi de encontro às provas técnicas que constam nos autos do processo.

Julgamento
O filho de Tânia, José Medeiros Neto falou que mãe e filha fizeram os primeiros socorros na casa e o médico ainda foi socorrido com vida pelo Serviço de Atendimento Móvel Urgente (Samu). "Um médico do Samu ouviu ele falar que queria morrer, em nenhum momento ele acusou minha mãe", disse.
Familiares de Houly sustentam que Tânia foi a responsável pelo crime. A sobrinha dele, Juliana Pacífico Houly falou que existem laudos que comprovam que seu tio não se matou.
"Nos laudos foi identificada uma lesão na cabeça que teria sido ocasionado antes e ele teria ficado inconsciente ou com pouca consciência e, por isso, não poderia deflagrar um tiro", disse.

Crime
O médico morreu aos 45 anos em seu apartamento, no bairro da Jatiúca, em Maceió, no dia 5 de fevereiro de 1999, em decorrência de um disparo efetuado a longa distância em sua perna direita. A acusada chegou a ter prisão preventiva decretada. Ela nega o crime e diz que Houly praticou o suicídio. Em 2003, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu que ela deveria ser submetida a julgamento.
Desde o início da semana, familiares e amigos da vítima se mobilizam para cobrar justiça pelo crime. Eles fizeram uma caminhada pelas ruas da cidade de Arapiraca e panfletagem no Fórum de Maceió. Para a família, não há dúvidas que a esposa de Houly é a autora do disparo.

Reprodução Cidade News Itaú

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