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quinta-feira, dezembro 12, 2013

Cassação de Rosalba repercute na Assembleia: ‘Crise sem precedentes’

Deputado Fernando Mineiro, na sessão de hoje, lamenta uso da máquina pública (Eduardo Maia)A cassação do mandato da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), decretada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), repercutiu no plenário da
Assembleia Legislativa, hoje. O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) destaca que esse é um momento singular na história do Rio Grande do Norte.

“Nunca antes o estado viu isso. A prefeita da segunda maior cidade do estado (Cláudia Regina) e a governadora cassadas ao mesmo tempo, pela mesma razão: o uso da máquina pública. O que nos dá a dimensão do buraco, do caos e falta de rumo que o estado foi levado diante da atual gestão. Terminamos 2013 numa crise sem precedentes”, lamenta.

O deputado afirma que cobrará um posicionamento formal da Assembleia Legislativa sobre a decisão de inelegibilidade e improbidade administrativa de Rosalba Ciarlini. “Não podemos fazer de conta que nada está acontecendo no RN. Provocarei, cobrarei um posicionamento formal da AL no devido momento, quando terminar as tramitações e os recursos”, disse.

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Getúlio Rego (DEM), disse que, se Rosalba Ciarlini tiver realmente o mandato suspenso, deixará o cargo de cabeça erguida.

“Ela é uma mulher que já foi prefeita três vezes e senadora, mas não esperava receber o estado em frangalhos como estava. A equipe está lá há três anos se esforçando. Mas, se ela sair, vamos estar aqui na tribuna, esperando o milagre se operar no Rio Grande do Norte”, acrescentou.

O deputado Hermano Morais (PMDB) reconheceu a fase difícil enfrentada pelo atual governo. “O governo inicia uma fase muito difícil, talvez até final e com problemas de ordem administrativa que prejudica a sua condução. Vamos aguardar o desfecho da Justiça, pois assim teremos elementos para medidas mais extremas”, disse.

Já a deputada Márcia Maia (PSB) disse que todas as políticas públicas do Estado estão sem funcionar. “Conversando com representantes dos segmentos da Segurança e Saúde, fui informada que estão faltando materiais básicos, como papel nas delegacias. Estamos vivendo a crise mais grave em todas as políticas geridas pelo Estado. E isso nunca aconteceu”, lastimou.

A preocupação com o Estado, segundo ela, é profunda. “Não é porque somos da oposição que vamos desejar o pior, pois o mais prejudicado é o povo. Espero que fique uma lição para os políticos e para os cidadãos, que devem escolher bem seus representantes. Um erro cometido numa eleição, serão quatro anos para corrigir”, declarou Márcia.

Reprodução Cidade News Itaú

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