A cassação do mandato da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), decretada ontem pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RN), repercutiu no plenário da
Assembleia Legislativa, hoje. O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) destaca que esse é um momento singular na história do Rio Grande do Norte.
“Nunca antes o estado viu isso. A prefeita da segunda maior cidade do estado (Cláudia Regina) e a governadora cassadas ao mesmo tempo, pela mesma razão: o uso da máquina pública. O que nos dá a dimensão do buraco, do caos e falta de rumo que o estado foi levado diante da atual gestão. Terminamos 2013 numa crise sem precedentes”, lamenta.
O deputado afirma que cobrará um posicionamento formal da Assembleia Legislativa sobre a decisão de inelegibilidade e improbidade administrativa de Rosalba Ciarlini. “Não podemos fazer de conta que nada está acontecendo no RN. Provocarei, cobrarei um posicionamento formal da AL no devido momento, quando terminar as tramitações e os recursos”, disse.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Getúlio Rego (DEM), disse que, se Rosalba Ciarlini tiver realmente o mandato suspenso, deixará o cargo de cabeça erguida.
“Ela é uma mulher que já foi prefeita três vezes e senadora, mas não esperava receber o estado em frangalhos como estava. A equipe está lá há três anos se esforçando. Mas, se ela sair, vamos estar aqui na tribuna, esperando o milagre se operar no Rio Grande do Norte”, acrescentou.
O deputado Hermano Morais (PMDB) reconheceu a fase difícil enfrentada pelo atual governo. “O governo inicia uma fase muito difícil, talvez até final e com problemas de ordem administrativa que prejudica a sua condução. Vamos aguardar o desfecho da Justiça, pois assim teremos elementos para medidas mais extremas”, disse.
Já a deputada Márcia Maia (PSB) disse que todas as políticas públicas do Estado estão sem funcionar. “Conversando com representantes dos segmentos da Segurança e Saúde, fui informada que estão faltando materiais básicos, como papel nas delegacias. Estamos vivendo a crise mais grave em todas as políticas geridas pelo Estado. E isso nunca aconteceu”, lastimou.
A preocupação com o Estado, segundo ela, é profunda. “Não é porque somos da oposição que vamos desejar o pior, pois o mais prejudicado é o povo. Espero que fique uma lição para os políticos e para os cidadãos, que devem escolher bem seus representantes. Um erro cometido numa eleição, serão quatro anos para corrigir”, declarou Márcia.
Reprodução Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!