O Atlético-PR teve menos posse, atuou praticamente o jogo todo em seu campo, foi pressionado, mas segurou. Nesta quarta-feira, o 0 a 0
com o Grêmio na Arena levou o time paranaense à final da Copa do Brasil graças à vitória por 1 a 0 em casa na semana passada. Pela primeira vez de sua história na decisão, o time de Curitiba enfrenta o Flamengo na final.
Foi a terceira Copa do Brasil seguida que acabou na semifinal para o Grêmio. Em 2010 o algoz foi o Santos, em 2012 o Palmeiras e agora o Atlético-PR. O time gaúcho amarga mais de 3 anos sem títulos e desde 2001 sem conquistas relevantes.
Enquanto isso, o Atlético-PR confirma uma temporada primorosa. Na final da Copa do Brasil, os comandados de Vagner Mancini também são vice-líderes do Brasileirão. Em Porto Alegre, seguraram o apoio de 43 mil gremistas, maior público já registrado em jogos oficiais do estádio recém inaugurado pelo Grêmio.
Renato Gaúcho cedeu à pressão da torcida e escalou Zé Roberto como titular do Grêmio. O camisa 10 repetidamente pedido pelo povo começou jogando no lugar de Vargas. A formação com um armador ampliou a posse de bola dos gaúchos no campo do adversário. Mandando no jogo, o Grêmio criou boa oportunidade com Barcos aos 12 minutos. Após receber de Zé, porém, o Pirata errou.
Enquanto isso, o Atlético-PR preferiu defender a vantagem que tinha pela vitória por 1 a 0 no jogo de ida. Dando prioridade à defesa, o rubro-negro de Curitiba apostou nos contra-ataques rápidos com Marcelo e Ederson.
A tensão gerada pela importância da partida tomou conta do gramado da Arena. O Grêmio trabalhou praticamente o tempo todo na intermediária do oponente, foi acuado eventualmente, mas pressionou muito nos minutos finais.
Souza, aos 36, bateu da entrada da área e o goleiro atleticano segurou firme. Três minutos mais tarde, Barcos se livrou da marcação e concluiu no ângulo. Novamente, Weverton evitou o gol gremista. E na sequência, aos 42, foi a vez de Alex Telles bater e novamente parar no camisa 1 atleticano. Mas ficou no quase e o Atlético-PR segurou o resultado que o favorecia no primeiro tempo.
"Temos que tocar a bola para tentar abrir o marcador. O time deles está bem fechado. Temos que tentar neutralizar este bloqueio", afirmou Zé Roberto do Grêmio. "São três volantes deles. É normal a dificuldade. Mas o time está se comportando bem. Esperávamos até mais pressão. Agora teremos outro propósito no segundo tempo. De repente tentar fazer o gol", opinou Paulo Baier, pelo Atlético-PR.
A tensão cresceu a cada minuto. O Atlético-PR voltou melhor para o segundo tempo e deixou a estratégia defensiva de lado. Assim, passou a frequentar o campo gremista eventualmente. Precisando do resultado, o time da casa ainda manteve o domínio do jogo, mas parou na forte retaguarda oponente.
Aos 13 minutos Pará cruzou, Barcos escorou e Kleber, de fora da área, bateu rasteiro e a bola por pouco não entrou. O 17 minutos, o Grêmio marcou, mas o gol foi anulado. Cruzamento de Pará, Zé Roberto escorou, Barcos dividiu e Ramiro colocou na rede. Porém, o árbitro assinalou falta de Barcos e anulou o lance.
Aos 23, a resposta atleticana assustou. Paulo Baier cruzou da direita e Marcelo entrou de carrinho, mas não acertou a bola. O Grêmio acertou a trave aos 29 minutos. Uma troca de passes acabou em Ramiro, que bateu de primeira e carimbou o travessão. Na sequência, falta de Léo sobre Vargas, mas Elano perdeu.
Renato Gaúcho foi para o tudo ou nada e colocou Yuri Mamute e Vargas. Ficaram 4 atacantes e 1 armador em campo, só Souza como volante e os 4 zagueiros. Vagner Mancini respondeu e colocou o zagueiro Renato na vaga de Everton. Virou ataque contra defesa. Barcos, aos 44, entrou sozinho e após o chute, Luiz Alberto evitou o gol. Foi o símbolo do jogo, que acabou no 0 a 0 e colocou o Atlético-PR na final.
Reprodução Cidade News Itaú
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