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quinta-feira, novembro 07, 2013

SP passa sufoco, mas segura empate e vai à semifinal da Sul-Americana

O São Paulo sofreu muito, jogou muito mal, mas conseguiu segurar o empate por 0 a 0 em Medellín, na Colômbia, e superou o Atlético Nacional pelas quartas de final da
Copa Sul-Americana. O resultado, somado à vitória por 3 a 2 no Morumbi, classifica a equipe de Muricy Ramalho à semifinal do torneio. A vaga, no entanto, só veio porque os colombianos cometeram diversos erros de finalização nas inúmeras chances que tiveram. O goleiro Rogério Ceni novamente foi o responsável por manter o time na competição.

O São Paulo passou longe de ser o time que conseguiu se recuperar de forma impressionante no Brasileirão. O time de Muricy Ramalho teve de se defender durante toda a partida. O atacante Luis Fabiano, cobrado publicamente pelo técnico e calado nos dias antes da partida, fez péssima partida. Voltou para o time como titular, com o voto de confiança do treinador, e não rendeu o esperado.

Outro fator que criou problemas para São Paulo, além de Luis Fabiano, foi o esquema com três zagueiros, na formação 3-5-2. O Atlético Nacional explorou as extremidades do setor ofensivo e encontrou os espaços que deveriam ser ocupados pelos laterais são-paulinos. Assim como no primeiro jogo, vencido por 3 a 2 pelo Tricolor, no Morumbi, o time de Muricy teve extrema dificuldade para sair do jogando desde o campo defensivo. Os erros de passe foram excessivos e a bola não parou no pé dos meio-campistas são-paulinos.

No Brasileirão, o São Paulo vem jogando no 4-2-3-1, com variações esporádicas durante os jogos para a formação 3-5-2. Contra o Nacional, para inserir Aloísio e Luis Fabiano juntos, Muricy Ramalho já havia adiantado que precisaria atuar com três defensores.

Maicon e Denilson, volantes, também tiveram participação negativa. Não conseguiram acertar a marcação, deixaram o destaque colombiano Sherman Cárdenas livre e viram o jogo correr. Mais à frente, Jadson fez o torcedor são-paulino sentir saudades de Paulo Henrique Ganso, suspenso. O meia não conseguiu jogar, pouco tocou na bola e não procurou jogo: o São Paulo foi muito mal.

O resultado de tão pouca sintonia entre os sistemas defensivo e ofensivo, passando pela letargia do meio de campo, foi a supremacia do Nacional. Os colombianos dominaram a partida e chegaram diversas vezes ao gol de Rogério Ceni. Sobrou para o capitão que, aos 40 anos, novamente teve de salvar inúmeras chances – não com tanta dificuldade como contra a Universidad Católica, no Chile, há duas semanas.

Muricy Ramalho tentou acabar com alguns dos problemas individuais do São Paulo no início do segundo tempo. Tirou o inoperante Luis Fabiano e inseriu Ademilson, alteração que deu possibilidade de movimentação do esquema tático, agora já variando para o 4-2-3-1, apenas com Aloísio no ataque. No lugar de Jadson colocou Wellington, adiantando Maicon e reforçando a marcação – até então inexistente – no meio de campo.

Foram inúmeras finalizações do Atlético Nacional. O time colombiano, regido pelo ótimo Cárdenas, chegou diversas vezes com os rápidos atacantes Uribe e Duque. A qualidade dos chutes, no entanto, foi baixa. Muitos para fora ou para cima, além dos defendidos por Ceni, apesar do bom volume de jogadas.

No fim da partida, Rogério Ceni fez uma série de boas defesas. O goleiro salvou em bolas levantadas na área, finalizações de curta distância e ainda espalmou chute forte de Medina, de fora da área.

O São Paulo agora aguarda o segundo confronto entre Vélez (ARG) e Ponte Preta – o primeiro teve empate por 0 a 0 – para saber se precisará cumprir o regulamento e fazer o confronto obrigatório entre clubes do mesmo país na semifinal. Caso o clube de campinas não passe, o São Paulo enfrentará na semifinal o vencedor do embate entre Libertad (PAR) e Itagui (COL). Os paraguaios venceram o primeiro por 2 a 0. 

Reprodução Cidade News Itaú

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