segunda-feira, agosto 19, 2013

MP denuncia oito bombeiros por responsabilidade em tragédia da boate Kiss

O Ministério Público do Rio Grande do Sul ofereceu denúncia contra oito bombeiros por entender que tiveram responsabilidade na tragédia da boate Kiss, que vitimou 242 pessoas em Santa Maria, no início deste ano - seguindo o apurado pelo inquérito policial militar.

O anúncio foi feito por volta das 16h40 desta segunda-feira (19) na sede das Promotorias de Justiça da cidade do norte gaúcho.

Os promotores devem pedir também a revisão dos alvarás dentro da área de atuação do 4º CRB (Comando Regional dos Bombeiros).

Foram denunciados pelo MP Moisés da Silva Fuchs, então comandante do 4º CRB; Daniel da Silva Adriano; Alex da Rocha Camillo, chefe da Seção de Prevenção de Incêndios; Gilson Martins Dias; Vagner Guimarães Coelho; Renan Severo Berleze; Marcos Vinicius Lopes Bastide; e Sérgio Roberto Oliveira de Andrades.  

Testemunhos
Na tarde desta segunda-feira (19), em Porto Alegre, a Justiça ouviu os depoimentos do gerente da boate e de um frequentador.  O estudante de direito Juan Martins, 19 anos, salientou que a boate estava superlotada na noite do incêndio. Ele perdeu dois amigos na tragédia e sobreviveu porque conseguiu sair do local antes de o fogo se alastrar. Entretanto, precisou ficar internado e ainda faz tratamento médico.

Já em seu depoimento, o funcionário da Kiss, Ricardo Pasche, cunhado do sócio da boate  Elissandro Spohr, o Kiko - que está presente na oitiva -, afirmou que as pessoas que trabalhavam no bar não tinham qualquer treinamento para emergências. Ele defendeu os patrões, dizendo que isso seria responsabilidade da empresa de segurança contratada pelos donos da Kiss.

Sobre a atuação dos socorristas, Pasche disse que os bombeiros não entraram no local durante o incêndio e que o resgate foi feito apenas por civis. 

Reprodução Cidade News Itaú

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