segunda-feira, agosto 19, 2013

Sífilis e HPV estão entre as DSTs que mais preocupam governo

O novo diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio MesquitaA sífilis congênita e o HPV estão entre doenças sexualmente transmissíveis (DST) que mais preocupam o Ministério da Saúde, afirmou o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita. Ele participou na noite de domingo (18), em Salvador, da abertura do 9º Congresso Brasileiro da Sociedade Brasileira de DST e do 5º Congresso Brasileiro de Aids.

Segundo Mesquita, a primeira doença merece atenção especial porque tem diagnostico fácil e tratamento acessível, enquanto a segunda terá em breve vacina disponível na rede pública.

"Falar em prioridade não significa que as outras doenças serão esquecidas", reforçou Mesquita, pouco antes de ser interrompido por um grupo de pessoas com deficiência física em decorrência do vírus HTLV.

A ativista Sandra do Valle, do Grupo Vitamore de combate ao HTLV, entregou ao representante do Ministério da Saúde um documento estilo abaixo-assinado, solicitando apoio federal para o enfrentamento do HTLV em todo o país.

Da mesma família do HIV, o HTLV infecta a célula T humana, um tipo de linfócito importante para o sistema de defesa do organismo. A maioria dos indivíduos infectados por este vírus não apresenta sintomas, mas alguns podem desenvolver manifestações clínicas graves, como câncer, além de problemas musculares, nas articulações, nos pulmões, na pele e na região ocular.

Mesquita disse que o HTLV receberá atenção especial na Bahia, onde sua incidência é maior. O mesmo princípio valerá, segundo ele, para o enfrentamento da Aids na Amazônia e no Estado do Rio Grande do Sul, que têm a maior mortalidade e maior prevalência da doença no país, respectivamente. Mesquita adiantou que a prevalência do HIV na população gaúcha esteja em torno de 2%.

"Por um princípio de equidade, não podemos tratar igual situações diferenciadas", ressaltou o gestor.

Jurandir Teles, representando o Fórum Baiano de ONGs/Aids, disse que o movimento social está aberto ao diálogo e que o ditado "a Bahia é de todos nós" também vale para o combate às DSTs.

O presidente do 9º Congresso da Sociedade Brasileira de DST e do 5º Congresso Brasileiro de Aids, Roberto Dias Fontes, desejou boas vindas aos participantes.

"A partir dos problemas e das tensões apresentadas nos 721 trabalhos que serão aqui expostos pelos participantes nacionais e internacionais poderemos repensar as DSTs no Brasil", disse Fontes.


Também participaram da mesa de abertura o secretário da saúde do Estado da Bahia, Jorge Sola; a Subsecretária Municipal de Saúde de Salvador, Lucimar Rocha; a presidente da Comissão Científica do Evento, Angélica Espinosa Miranda; e a presidente da Sociedade Brasileira de DST, Mariângela Freitas da Silveira.

Reprodução Cidade News Itaú

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