O Ministério Público do Rio Grande do
Sul ofereceu denúncia contra oito bombeiros por entender que tiveram
responsabilidade na tragédia da boate Kiss, que vitimou 242 pessoas em Santa
Maria, no início deste ano - seguindo o apurado pelo inquérito policial
militar.
O anúncio foi feito por volta das 16h40
desta segunda-feira (19) na sede das Promotorias de Justiça da cidade do norte
gaúcho.
Os promotores devem pedir também a
revisão dos alvarás dentro da área de atuação do 4º CRB (Comando Regional dos
Bombeiros).
Foram denunciados pelo MP Moisés da
Silva Fuchs, então comandante do 4º CRB; Daniel da Silva Adriano; Alex da Rocha
Camillo, chefe da Seção de Prevenção de Incêndios; Gilson Martins Dias; Vagner
Guimarães Coelho; Renan Severo Berleze; Marcos Vinicius Lopes Bastide; e Sérgio
Roberto Oliveira de Andrades.
Testemunhos
Na tarde desta segunda-feira (19), em
Porto Alegre, a Justiça ouviu os depoimentos do gerente da boate e de um
frequentador. O estudante de direito
Juan Martins, 19 anos, salientou que a boate estava superlotada na noite do
incêndio. Ele perdeu dois amigos na tragédia e sobreviveu porque conseguiu sair
do local antes de o fogo se alastrar. Entretanto, precisou ficar internado e
ainda faz tratamento médico.
Já em seu depoimento, o funcionário da
Kiss, Ricardo Pasche, cunhado do sócio da boate
Elissandro Spohr, o Kiko - que está presente na oitiva -, afirmou que as
pessoas que trabalhavam no bar não tinham qualquer treinamento para
emergências. Ele defendeu os patrões, dizendo que isso seria responsabilidade
da empresa de segurança contratada pelos donos da Kiss.
Reprodução Cidade News Itaú
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