Não é à toa que a Globo trocou a direção e está tentando dar sobrevida ao programa vespertino "Video Show". Dados consolidados de Ibope apontam que o programa caiu de uma média de 17,7 pontos em 2003 para 9,7 pontos este ano. Hoje, cada ponto equivale a 62 mil residências sintonizadas na Grande SP. Em números brutos representa a perda de 46 em cada 100 telespectadores em apenas uma década.
Em junho, a emissora passou o "Video Show" para as asas de Ricardo Waddington. O experiente diretor prometeu uma série de mudanças, criou novos quadros, trouxe Otaviano Costa para a equipe de repórteres e deu a entender (internamente, na Globo) que poderia trocar os apresentadores. Um deles é Ana Furtado, mulher de Boninho, que por sua vez é filho de Boni, o lendário executivo que transformou a Globo na maior emissora do país.
Até aqui, as mudanças ainda não surtiram efeito. O Ibope médio do programa em janeiro foi de 9,9 pontos. Em julho, primeiro mês de Waddington, ele foi de 10,3 pontos. Ou seja, dentro da mesma faixa do início do ano.
Desde 2003, o Ibope da atração tem caído de forma sistemática e contínua até 2008, quando marcou 12,1 pontos. Em 2009 houve um "respiro", com a média de 13,1 pontos e desde então é só queda. 2013 é o pior ano de todos.
O formato do "Video Show" parece ter cansado não só os telespectadores, mas também os principais núcleos da Globo, especialmente a dramaturgia. Muitos medalhões da emissora não têm mais paciência nem de atender à equipe do programa, que praticamente só faz falar da própria emissora. Uma espécie de atração sobre o próprio "umbigo" global.
Reprodução Cidade News Itaú
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