O presidente da Federação Japonesa de Judô, Haruki Uemura, anunciou nesta terça-feira a sua renúncia e a de outros dirigentes do alto comando da entidade. Eles não suportaram a pressão de sucessivos episódios de escândalos sexuais, de violência e de desvio de fundos na tradicional modalidade.
Uemura convocou uma coletiva de imprensa para anunciar que deixa o carto no próximo mês, acompanhado de mais dois integrantes da federação. Um puxão de orelha do governo do Japão causou a queda dos cartolas.
"Tomamos as recomendações (do governo) com muita seriedade. O vice-presidente, o secretário geral e eu renunciamos a nossos cargos, fruto dos escândalos", disse Uemura, que também recebeu pedidos da federação internacional para deixar o comando da entidade.
Uma série de denúncias foi feita nos últimos meses em relação ao tratamento de atletas. De acordo com algumas judocas, elas apanhavam de varas de bambu, levavam tapas na cara, chutes e eram empurradas no peito pelo técnico da seleção feminina Ryuji Sonoda - que renunciou.
No começo do ano, o bicampeão olímpico Masato Uchishiba foi condenado a cinco anos de prisão após ter sido acusado de estupro por uma atleta treinada por ele.
Houve ainda a admissão por parte do diretor da federação japonesa, Jiro Fukuda, de ter abusado de uma atleta da seleção, o estremecendo de vez a credibilidade da modalidade, que teve a verba do comitê olímpico cortada em março por conta dos casos.
Em sua admissão, Fukuda, de 76 anos, disse que tentou abraçar e beijar a lutadora à força em um elevador do metrô de Tóquio, em 2011. Fukuda não quis revelar o nome da atleta, mas a medalhista de prata nas Olimpíadas de Barcelona-92 Noriko Mizoguchi foi a público e confirmou o incidente.
Reprodução Cidade News Itaú
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