Sob a administração de Aldo Rebelo, o Ministério do Esporte tem sido generoso com seus funcionários de elite. Por opção da cúpula da pasta, os donos dos principais cargos na pasta têm viajado para todos os lugares do mundo em classe executiva. Segundo levantamento do blog, desde o início de 2012, já foram gastos R$ 700 mil em 38 viagens com servidores que poderiam se deslocar com passagens econômicas pelas regras do governo.
Pela legislação em vigor, o ministro tem direito a viajar de primeira classe, da qual ele tem aberto mão. É obrigatório ainda que seus secretários e funcionários com cargo DAS 6 desfrutem da classe executiva, o que tem sido respeitado.
Quanto a outros servidores de cargos de coordenação, com DAS 5 ou 4, o Ministério pode lhes dar ou não o direito de viajar no setor superior do avião em voos acima de 8 horas. Generosa, a pasta tem dado esse benefício a todos dessas categorias.
Já foram 20 funcionários que viajaram nessas condições. Em maio de 2012, por exemplo, Carlos Henrique Cardim teve uma passagem de ida e volta para Pequim comprada por R$ 46,7 mil. Participou de um grupo de trabalho para troca de informações sobre os Jogos Olímpicos. Ele tem um cargo de direção e assessoramento superior, com DAS 5.
Outros assessores que costumam acompanhar o ministro, como Ricardo Gomyde, também o tem estado ao seu lado na classe executiva, em idas a Zurique para encontros da Fifa. Boa parte deles foi no setor mais espaçoso do avião para observar os Jogos de Londres-2012.
Ressalte-se que o ministério não descumpre a lei. Essa lhe dá o direito de conceder as passagens executivas a esses funcionários de elite, como explicou o Ministério do Planejamento. Mas isso não é obrigatório, o que significa que o dinheiro poderia ser economizado ou não.
Além das passagens, os servidores da pasta gozam de diárias que também são reguladas por decretos. Um funcionário de alto escalão, na Europa, tem direito a um valor por dia pouco superior a R$ 900, dependendo do câmbio. Isso inclui o pagamento de hotéis, comida e transporte.
Até a publicação deste post, o Ministério não havia se manifestado sobre o uso de passagens executivas por seus funcionários de elite.
Reprodução Cidade News Itaú
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