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terça-feira, julho 30, 2013

Nova perícia descarta problema mecânico em ônibus que caiu de viaduto em Campinas (SP)

Ônibus biarticulado caiu de viaduto Miguel Vicente Cury, no centro de Campinas, na manhã desta terça-feiraUma nova perícia realizada na segunda-feira (29) pelo o Instituto de Criminalística (IC) no ônibus articulado que caiu de uma altura de 3,98 metros do viaduto Miguel Vicente Cury, em Campinas (a 93 km de São Paulo), descartou a possibilidade de problema mecânico no veículo. A análise durou cerca de três horas e avaliou o sistema de freios, funcionamento das rodas, além de danos estruturais no coletivo. O acidente aconteceu no dia 23 e deixou um morto e 21 feridos.

"Aparentemente, está descartada falha no veículo. O sistema mecânico funcionava dentro do esperado. Está tudo dentro da normalidade", afirmou a perita criminal Ângela Sampaio de Mara.

Segundo ela, a forte chuva que caia no momento da queda do ônibus é um fator que deve ser levado em consideração. "O volume de água era grande, e a chuva pode ter sido determinante para o acidente. A formação de lâminas de águas na pista prejudica a aderência das rodas na pista. Além disso, ainda vamos avaliar a velocidade do veículo, que, junto com as condições climáticas daquele dia, também pode ter sido determinante", salientou.

Na primeira perícia, o IC analisou as condições da pavimentação e da estrutura do viaduto. "Não encontramos nada que chamasse a atenção. Há uma linearidade na pavimentação, mas acredito que possa ter sido a soma de vários elementos", disse Mara.

O próximo passo, segundo a perita, é verificar a velocidade do veículo. "A leitura das marcações do tacógrafo deve ocorrer até o final desta semana", adiantou. Os resultados das análises do IC devem demorar cerca de 20 dias. A velocidade permitida no trecho do acidente é de 30 quilômetros por hora.

A assessoria de imprensa da VB Transportes informou que só comentará o caso quando o laudo final do Instituto de Criminalística for divulgado.

O motorista, a cobradora do ônibus e policiais militares que atenderam a ocorrência prestaram depoimento no dia do acidente no 1º Distrito Policial, que investiga o caso, registrado como homicídio culposo e lesão corporal culposa.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os passageiros do coletivo estão sendo convocados desde o dia 26 para prestar depoimentos. Entretanto, como parte das vítimas não deixou o telefone registrado no boletim de ocorrência, há uma certa dificuldade para encontrar a todos.

Um dias após o acidente, o secretário de Infraestrutura de Campinas, Carlos Santoro, admitiu que o guard-rail do viaduto não está dentro das normas de segurança e adiantou que faria revisão em toda a estrutura. Entretanto, Santoro afirmou que mesmo se o guard-rail não apresentasse falha, não aguentaria o impacto do acidente. 

Reprodução Cidade News Itaú

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