O suspeito de ter atirado e matado a aposentada Maria Alzenira da Silva, que tinha 75 anos e morreu no domingo passado ao ser atingida por uma bala perdida, já foi identificado pela Polícia Civil. O suspeito é maior de idade e já prestou depoimento sobre o crime, negando qualquer envolvimento com os disparos. Ele não teve seu nome revelado. Além do jovem, uma outra pessoa está sendo investigada.
De acordo com a delegada Cristiane Magalhães, o suspeito foi identificado logo no início das investigações e foi intimado a prestar depoimento. Na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM), ele negou que tivesse algum tipo de participação no ataque que resultou na morte da aposentada Maria Alzenira.
No entanto, a delegada afirma ter uma grande quantidade de indícios, levando a crer que ele tenha mesmo participado do crime. O nome dele não foi revelado, segundo Cristiane, para não atrapalhar as investigações. O jovem foi submetido a exames periciais no Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP). Um deles detecta se existem resíduos de pólvora nas mãos do jovem.
Caso ele tenha efetuado disparos com arma de fogo nos últimos dias, o exame de residuograma de chumbo dá positivo. "Temos 90% de certeza que ele teve participação, mas temos que esperar os resultados dos exames periciais", explica.
Quanto ao outro envolvido (eram dois, numa motocicleta), a Polícia Civil ainda não tem nenhuma informação. A delegada espera avançar no inquérito, colhendo depoimento de testemunhas e realizando novas diligências para conseguir identificar o outro criminoso.
A Polícia ainda não sabe, ao certo, se o jovem que foi ouvido nesta semana tenha sido o autor dos disparos ou se ele estava só pilotando a moto.
O CRIME
Dona Alzenira estava na calçada de sua casa, situada no bairro Santo Antônio (zona norte), quando foi atingida com um tiro no pescoço. Os disparos foram efetuados por dois motoqueiros, a vários metros de distância. O alvo era outros dois homens, também em uma moto. Alzenira conversava com uma criança e uma outra mulher, no momento que foi atingida pelo tiro.
Polícia corre contra o tempo
Entre sábado e ontem, quatro pessoas haviam sido assassinadas em Mossoró, incluindo a aposentada que foi baleada na porta de sua residência. Os casos estão sendo investigados por três delegacias diferentes, que correm contra o tempo para concluir dentro de 30 dias.
O delegado Roberto Moura, da Segunda Delegacia de Polícia Civil, investiga a morte do taxista Edgley Almeida de Matos, que tinha 33 anos, e do flanelinha Marcos Antônio da Silva, de 25 anos. O primeiro foi morto no sábado e o segundo na madrugada da segunda-feira.
Roberto explica que ainda está na fase inicial e que não tem nenhuma suspeita de autoria, nos dois crimes. "Estamos na fase de investigar nomes, checar informações, colher depoimentos... Essa é a fase inicial do processo", frisa Roberto.
O outro crime aconteceu na tarde de segunda-feira passada, vitimando o lavador de carros Edson Fernandes Rodrigues, de 18 anos. Além dele, um adolescente foi baleado no mesmo ataque. O caso é investigado pela Primeira Delegacia de Polícia Civil. Ontem foram colhidos depoimentos de testemunhas do duplo atentado.
Fonte: Defato
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