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domingo, março 18, 2012

Regionais sem estrutura para o Samu

 
Os hospitais regionais das cidades de Apodi, Pau dos Ferros e Caraúbas e também as unidades hospitalares das cidades de São Miguel, Baraúna e Areia Branca não reúnem as condições técnicas de funcionamento para receber o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), por falta de profissionais de saúde e equipamentos adequados no pronto-socorro para atender a pacientes de emergência/urgência. As ambulâncias dessas cidades estão debaixo de árvores há vários meses no Samu Metropolitano, em Macaíba.
No município de Areia Branca, que tem 25 mil habitantes, a unidade do Samu era para socorrer enfermos também do município de Porto do Mangue, que tem 5 mil habitantes. Entretanto, o hospital da cidade está sendo reformado. Não tem como receber pacientes. Atualmente funciona num prédio alugado sem estrutura adequada. Mesmo que existisse a estrutura, faltariam médicos e principalmente leitos de UTI. Em Baraúna, existe o hospital, porém também não tem médico ortopedista, pediatra, anestesiologista e leitos de UTI.
Na cidade de Apodi, que tem 34 mil habitantes e atende as cidades de Felipe Guerra (5,5 mil), Severiano Melo (5,7 mil), Rodolfo Fernandes (4,2 mil) e Itaú (5,5 mil), o Hospital Regional Hélio Marinho está em obras. O trabalho de reestruturação do hospital começou em 2010 e até hoje ainda não foi concluído. A diretora administrativa Maria das Graças Freitas disse que o trabalho é lento porque o hospital está sendo reformado por etapa, para não parar 100% do funcionamento. "Primeiro recupera uma parte, depois mudamos pacientes e equipamentos e iniciamos o trabalho em outra", explica Maria das Graças, mostrando o local sendo preparado para receber a ambulância do Samu e o novo pronto-socorro. Assim como as cidades de Baraúna e Areia Branca, faltam especialistas de anestesiologia, ortopedia e neurologia, além de o pronto-socorro não ter suporte de leitos de UTI. 
Em Pau dos Ferros, o quadro no Hospital Regional Cleodon Carlos de Andrade é favorável à implantação do serviço do Samu quanto aos médicos especialistas e uma estrutura de UTI funcionando, mesmo que precariamente, com 5 leitos. O hospital, visivelmente, precisa de reforma. O prédio é velho e tem muitas infiltrações. Faltam equipamentos e os pacientes reclamaram que quase sempre faltam medicamentos. O hospital reúne a proeza de não ter sequer acesso para cadeirantes na unidade de pronto-socorro infantil. Além dos 27 mil habitantes do município, o hospital regional de Pau dos Ferros é também destino de socorro médico para outras 36 cidades do Alto Oeste, onde moram outros 300 mil habitantes.
O hospital de São Miguel, que tem 22,3 mil habitantes e atende outras cinco cidades próximas, também não tem leitos de UTI nem estrutura adequada para receber o atendimento do Samu. Precisa de ampliação, principalmente no corpo médico. O Município se mostra disposto a investir o necessário para receber o serviço do Samu, mas o problema mesmo mora no fato do socorro à vítima no hospital. Ainda não tem atendimento de alta complexidade.
Em Caraúbas, que tem 20 mil habitantes e atende outras seis cidades que, juntas, têm cerca de 60 mil habitantes, o quadro estrutural do Hospital Regional Doutor Aguinaldo Pereira da Silva parece novo. Foi reformado e pintado. Boa acessibilidade e estrutura de internamento. O diretor Alfredo José mostra com orgulho o centro cirúrgico, que atende a pacientes de várias cidades da região. Em parceria com o Município, o hospital realiza cirurgias eletivas em várias especialidades de média complexidade. No dia que a reportagem do DE FATO visitou a unidade, havia 6 médicos na unidade, dois ultrassonografistas, 2 no pronto-socorro e 2 no centro cirúrgico.

Fonte: Defato

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