terça-feira, novembro 08, 2011

PMs envolvidos em assalto ao TJ



Com a prisão na madrugada de domingo, 6, em um bar da Praia dos Artistas, de seis integrantes da quadrilha acusada de arrombar no dia 30 de outubro o caixa eletrônico do Banco do Brasil, instalado no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na Praça 7 de Setembro, Centro, a Polícia Civil encontrou e descobriu em poder do bando outro plano de ação, agora para execução do arrombamento a um caixa eletrônico localizado num posto de combustível da Redinha.
Entre os arrombadores estão dois soldados da Polícia Militar do Estado, o praça Alisson Firmino Barbosa e Wagner Gomes Macedo Silva, que são cunhados, o primeiro lotado no 4° Batalhão da PM, na zona norte, e o segundo, que servia em Currais Novos, na região do Seridó, que vinha atuando na Polícia de Turismo.
A delegada de Combate ao Crime Organizado, Sheila Freitas, disse os dois soldados usavam informação privilegiada, inclusive obtida informalmente de colegas de farda que não desconfiam de nada, sobre o patrulhamento das áreas que eram alvo dos crimes. 
Além dos dois soldados, o estudante de Direito Paulo Teixeira de Lima tinha informações sobre o TJ, vez que atuou, como trabalhador terceirizado, na própria Corte e na Escola da Magistratura (ESMARN). Ultimamente, como ainda não concluiu o curso superior, vinha atuando como agenciador de clientes para advogados.
Segundo ela, o PM Macedo possuía até um aparelho de radiofrequência que era usado para interceptar dados privilegiados do Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (CIOSP), sediado no QG da Polícia Militar, no Tirol. 
Sheila Freitas disse que a quadrilha, formada por no mínimo 14 pessoas, é a mesma que em 1° de outubro arrombou o caixa eletrônico instalado na Secretaria Municipal de Educação (SME), na Ladeira do Sol.
"Descobrimos que o 'modus operandi' da quadrilha que atuou nesse assalto é o mesmo do arrombamento à sede do TJ, ou seja, a maneira como agiram é igual nos dois casos, por isso desconfiamos que fossem o mesmo bando", disse a delegada, que desde que assumiu a Deicor, em janeiro de 2011, foi incumbida pelo secretário estadual de Segurança Pública e Defesa Social, Aldair Rocha, de investigar os crimes relacionados ao arrombamento de caixas eletrônicos.
A delegada ainda informou que ao invés de R$ 150 mil, o BB informara à Policia Civil que o produto do foi apenas R$ 52.600,00. A primeira informação divulgada na imprensa, segundo a delegada, chegou a gerar uma discussão interna no bando, pois achavam que o líder tinha ficado com o maior volume de dinheiro.
Na coletiva dada à imprensa no fim da tarde de ontem, o delegado geral da Policia Civil, Fábio Rogério Silva, informou que o líder da quadrilha é o catarinense Antonio Carlos Marcelino, que tem mandados de prisão expedido em diversos estados do país. 
Silva afirmou que as investigações para a prisão de outros membros da quadrilha continuam, sendo que durante as prisões dos acusados, da quantia originalmente levada do caixa eletrônico do TJ, foram encontrados R$ 10 mil nas mãos do soldado Macedo
Além disso, a Polícia apreendeu quatro automóveis e duas motocicletas, duas pistolas, um revólver, uma escopeta 12 e munições que estavam em poder da quadrilha.

Fonte: Defato

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