A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (25) uma operação contra fraudadores do e-Título, que mudavam informações no cadastro do eleitor de forma criminosa.
A operação Eleitor Protegido cumpre seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP), São Miguel do Gostoso (RN) e Maracanaú (CE).
Segundo a PF, os suspeitos foram responsáveis pela utilização ilícita do aplicativo e-Título para fins de inscrição eleitoral em nome de pessoas públicas.
Na prática, uma fraude cadastral – que nada atingiu os sistemas de segurança eleitoral. Em nota, o TSE afirmou que os fatos não têm "qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral"
A PF diz que foi o próprio TSE quem detectou o problema e identificou 158 registros de irregularidades realizadas por meio do aplicativo.
Fontes disseram ao blog que a investigação apontou problemas em títulos sem biometria, em 2022, mas que as fraudes ocorreram no segundo semestre de 2023.
O TSE identificou as fraudes em títulos que não tinham essa camada adicional de segurança e alertou a PF, que deflagrou a operação.
Os investigadores ainda apuram a motivação para as fraudes e se havia um "objetivo maior" com a adulteração das inscrições eleitorais.
Por enquanto, os investigados devem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático.
O que diz o TSE
Leia a íntegra da nota divulgada pelo TSE:
"Em ação preventiva e permanente de verificação da lisura e do rigor de dados nos seus canais digitais, em julho de 2023 o Tribunal Superior Eleitoral identificou acessos irregulares no aplicativo e-Título, sem qualquer relação com o sistema de votação nem com o processo eleitoral, cuidando-se de informações relativas a dados e informações não sensíveis.
Foi imediatamente comunicado o fato com pedido de providências à Polícia Federal, do que resultaram as medidas por ela adotadas.
O Tribunal Superior Eleitoral permanece atento a qualquer abuso ou desvio de particulares em relação a dados inseridos nos sistemas disponíveis e de guarda da Justiça para garantia plena dos direitos, segurança e proteção total dos eleitores, como nunca deixou de ocorrer, nem será admitido".
Fonte: Blog da Camila Bomfim
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