O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, afirmou nesta quarta-feira (6) que não vê "nenhuma surpresa" na pesquisa Quaest divulgada nesta manhã que indica queda na popularidade do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Pimenta, o resultado é reflexo de uma reação dos entrevistados às falas de Lula sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza.
"A pesquisa reflete uma análise conjuntural de uma determinada circunstância, um posicionamento nosso [do governo] sobre esse genocídio, esse massacre que está acontecendo em Gaza", disse Pimenta.
"A pesquisa foi a campo no dia 24, hoje já é dia 5, são 11 dias depois. [...] Na medida que o tempo vai passando, há uma compreensão sobre a importância da manifestação do presidente Lula, corajosa, que abriu os olhos de muita gente, fez com que o mundo se posicionasse. E vai ser fundamental para o fim da guerra", prosseguiu.
Segundo a pesquisa Quaest, o trabalho de Lula é aprovado por 51%, enquanto 46% dos entrevistados reprovam. O governo Lula é avaliado positivamente por 35% e negativamente por 34%. Outros 28% consideram regular.
O levantamento também indica que 60% dos brasileiros acreditam que Lula exagerou ao comparar a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto – nome dado ao extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial promovido pelos nazistas.
Em declarações posteriores, Lula chegou a dizer que não tinha usado o termo "Holocausto" ao comparar as situações – mas reafirmou que via uma ação genocida por parte de Israel contra o povo palestino.
A pesquisa Quaest ouviu 2 mil pessoas entre os dias 25 e 27 de fevereiro, em 120 municípios, e foi encomendado pela Genial Investimentos. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: g1
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