Alvo de buscas na última semana como um dos suspeitos de atuar na invasão da conta no X (antigo Twitter) da primeira-dama, Janja Lula da Silva, João Vitor Correa Ferreira negou participação no caso.
Morador de Minas Gerais, o homem de 25 anos disse em depoimento à Polícia Federal que não faz ideia de quem pode ter invadido as contas. Ao mesmo tempo, no entanto, repassou à PF dados de um suposto "fã bolsonarista" com quem interagia pela internet – e sugeriu que os investigadores apurassem a conduta dessa pessoa.
João Vitor disse aos policiais que mantinha contato com esse "fã" há cerca de um ano e que, além de mensagens, recebeu transações financeiras por PIX. O extrato dessas transferências foi passado aos investigadores.
O suspeito disse ainda supor que esse outro jovem seria bolsonarista, com base em postagens de conteúdo político feitas por ele. E que, embora não tenha conhecido o "fã" pessoalmente, acredita que o jovem more em Brasília.
Durante as buscas, Joao Vitor chegou a tentar negar o acesso dos policiais a seu quarto – sem sucesso, já que a PF tinha autorização judicial. Os policiais também apreenderam um chip de celular que tinha sido retirado do aparelho. Os dados foram extraídos e estão sendo analisados.
Buscas no DF
Após o depoimento de João Vitor, equipes da PF cumpriram, ainda na semana passada, buscas em dois endereços em Brasília ligados a um adolescente de 17 anos.
Tanto no momento das buscas quanto em depoimento formal, como adiantou o blog, esse jovem afirmou aos policiais que foi o autor das invasões.
Ouvido pela PF, o adolescente disse que encontrou os dados de Janja e decidiu invadir os perfis, mesmo sem ter um objetivo específico. Disse, também:
que acessou a conta de Janja no LinkedIn (rede social voltada para perfis profissionais), mas não fez nenhuma alteração;
que olhou o e-mail da primeira-dama, mas não chegou a analisar as conversas;
e que não salvou o conteúdo dos e-mails ou das conversas de Janja nos perfis invadidos.
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