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quarta-feira, novembro 29, 2023

Lula se reúne com empresários sauditas, no segundo dia da agenda internacional pelo Oriente Médio

Lula se encontra, em Riad, com príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman — Foto: Ricardo Stuckert/ PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com empresários sauditas na manhã desta quarta-feira (29), em Riade, capital da Arábia Saudita.


O compromisso ocorre no Hotel Ritz-Carlton, às 6h30 (horário de Brasília, seis horas a menos que o horário em Riade) e faz parte da agenda internacional de Lula pelo Oriente Médio. Essa é a primeira viagem do presidente desde que ele passou por um procedimento cirúrgico.


Lula participará, ainda, de um seminário, no mesmo local, onde serão apresentados produtos da Embraer — empresa brasileira fabricante de aeronaves — e da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil) para os estrangeiros. A previsão é de que esse seminário ocorra a partir das 8h30 (horário de Brasília).


De acordo com a equipe de governo, após os encontros em Riade, Lula embarca, ainda nesta quarta, para Doha, capital do Catar. O embarque está previsto para 10h (horário de Brasília).


Encontro com príncipe herdeiro

Nesta terça-feira (27), Lula se reuniu com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammad bin Salman, no Palácio Real Al Yamamah. Depois da conversa entre os dois líderes, houve uma reunião ampliada, com a presença de ministros e autoridades dos dois países.


Segundo o governo brasileiro, um dos pontos discutidos, além do fortalecimento da relação bilateral, foi o investimento US$10 bilhões que o Fundo Soberano Saudita planeja aplicar no Brasil, sendo US$ 9 bilhões já para os próximos sete anos.


Projetos na área de energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência e tecnologia, agropecuária e aportes em infraestrutura conectados ao Novo PAC também foram abordados na reunião.


Segundo o Itamaraty, presidente quer atrair investimentos estrangeiros e também deve discutir durante a viagem temas como a revisão do acordo entre Mercosul e União Europeia e a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.


Doha

A chegada em Doha está prevista para 10h50 (horário de Brasília). Na capital do Catar, Lula deve participar de fórum com empresários e se encontrará encontro com o emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani, autoridade máxima do país.


Um dos temas que devem ser abordados, conforme o Itamaraty, é a guerra entre Israel e Hamas, já que o Catar ajudou a intermediar a trégua no conflito para liberação de reféns.


COP 28

A partir de quinta-feira (30), Lula estará em Dubai, nos Emirados Árabes, para a Conferência do Clima das Nações Unidas (ONU), a COP 28 — principal compromisso da agenda internacional.


O evento é considerado importante pelo governo brasileiros para captar recursos a fim de financiar a preservação de florestas e a transição energética. Lula entende que o Brasil tem condições de ser uma liderança global na área.


Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro deve apresentar uma meta mais ambiciosa de redução da emissão de efeitos estufas.


A nova meta deve passar a ser de redução de 53% das emissões até 2030 em relação às emissões de 2005, quando foi firmado o acordo de Paris.


A meta anterior se comprometia com corte de 50% das emissões até 2030. A meta para 2025 também será alterada: de 37% para 48%.



Berlim

Lula seguirá de Dubai para Berlim, com previsão de chegar no domingo (3) à capital da Alemanha para um jantar com o chanceler Olaf Scholz. No dia seguinte, os dois terão audiências de trabalho com a possibilidade de assinaturas de acordos entre Brasil e Alemanha em diferentes áreas.


Lula deve tratar com Scholz sobre as negociações para mudanças de trechos do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, anunciado em 2019, mas ainda em fase de revisão. Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai formam o bloco sul-americano.


O acordo só entrará em vigor após a aprovação pelos parlamentos dos países dos dois blocos. Os europeus apresentaram novas exigências na área ambiental e Lula defende mudanças no trecho sobre licitações feitas pelos governos.


O presidente deseja concluir essa revisão antes de encerrar o mandato rotativo à frente do Mercosul, no dia 7 de dezembro.


Fonte: g1

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