O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), publicou em suas redes sociais nesta quarta-feira (15) uma mensagem defendendo o ministro da Justiça, Flávio Dino, e dizendo que Dino "vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados".
Nos últimos dias, tem circulado nas redes sociais um vídeo de Dino ao lado de uma mulher. Legendas alegam que ela é a esposa do traficante Tio Patinhas, chefe do Comando Vermelho, no entanto, se trata da humorista Ví Alvares.
"Minha solidariedade ao ministro @FlavioDino que vem sendo alvo de absurdos ataques artificialmente plantados. Ele já disse e reiterou que jamais encontrou com esposa de líder de facção criminosa. Não há uma foto sequer, mas há vários dias insistem na disparatada mentira", escreveu Lula.
A mensagem falsa passou a ser compartilhada depois que a imprensa revelou que a mulher de um chefe do Comando Vermelho no Amazonas preso em 2022 fez duas visitas ao Ministério da Justiça em 2023 (veja mais abaixo).
Em suas redes sociais, Lula disse que o Ministério da Justiça tem coordenado ações que "despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas".
"O Ministério da Justiça tem coordenado ações de enorme importância para o país: a defesa da democracia; o combate ao armamentismo selvagem; o enfrentamento ao crime organizado, ao tráfico e às milícias; e a proteção da Amazônia", escreveu.
"Essas ações despertam muitos adversários, que não se conformam com a perda de dinheiro e dos espaços para suas atuações criminosas. Daí nascem as fake news difundidas numa clara ação coordenada", completou o presidente.
Lula disse ainda que "não haverá recuos diante de criminosos e seus aliados".
Visita ao Ministério da Justiça
Em novembro, o jornal "O Estado de São Paulo" revelou que Luciane Barbosa Farias, mulher de um chefe do Comando Vermelho no Amazonas preso em 2022, fez duas visitas ao Ministério da Justiça em 2023.
Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como Tio Patinhas, preso em dezembro de 2022. Ele já havia sido detido em 2018, quando já era considerado um dos criminosos mais procurados do Amazonas, mas foi solto por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado.
Clemilson e Luciane foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico de drogas e organização criminosa. Clemilson é apontado como líder de facção criminosa e cumpre pena de 31 anos em um presídio do Amazonas. Luciane foi condenada a dez anos de prisão, mas recorre em liberdade.
No Ministério da Justiça, Luciane foi recebida pelo secretário Nacional de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Elias Vaz, no dia 19 de março e pelo secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco Brandani no dia 2 de maio.
Quando visitou Vaz, Luciane estava entre as integrantes de uma delegação de mulheres que foram recebidas pelo secretário a pedido da advogada Janira Rocha, ex-deputada estadual do Rio de Janeiro pelo PSOL. Brandani disse que recebeu Luciane a pedido de Elias Vaz.
Em nota, Luciane Barbosa Farias disse que “não é faccionada de nenhuma organização criminosa”.
Fonte: g1
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