O Ministério da Fazenda anunciou nesta quarta-feira (19) uma estimativa de que o Produto Interno Bruto (PIB) do país crescerá 2,5% em 2023.
Em maio, o governo havia estimado uma alta de 1,91% para o PIB desse ano. Em junho, após a divulgação do resultado do PIB no começo de 2023, o ministério informou que o chamado "carry over" (carregamento estatístico) para o crescimento em todo este ano é de 2,4%.
O PIB é um indicador usado para medir a evolução da economia. É a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Nem sempre, entretanto, a alta do PIB equivale necessariamente a bem-estar social.
"Mais de 40% do crescimento esperado para o ano se deve à dinâmica do setor agropecuário. Para os demais setores produtivos, o cenário projetado segue considerando desaceleração frente ao ano anterior, ainda em repercussão à política monetária contracionista [taxa de juros elevada, em 13,75% ao ano] e ao menor ritmo de crescimento global", informou o Ministério da Fazenda.
Apesar do aumento, a expectativa do Ministério da Fazenda representa desaceleração frente a 2022, quando a economia registrou uma expansão de 2,9%.
A estimativa do governo federal continua acima da projeção do mercado financeiro, que prevê um crescimento de 2,24% para este ano. A estimativa foi coletada pelo BC no boletim Focus, que ouviu mais de 100 bancos na última semana.
Já o Banco Central estimou, no fim do mês passado, um crescimento de 2% para a economia brasileira em 2023.
Para o ano de 2024, o Ministério da Fazenda manteve em 2,3% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
No início do mês, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, havia antecipado que o governo pretendia revisar a estimativa de PIB para um patamar entre 2,5% e 3%.
Inflação
O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 somará 4,85%. Em maio, a previsão do governo era de que a inflação atingiria 5,58% nesse ano.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.
"A expectativa de inflação foi revisada para baixo repercutindo as surpresas positivas com a divulgação do IPCA de abril e maio; o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e ônibus urbano", informou o governo.
Se confirmado, esse será o terceiro ano seguido de estouro da meta de inflação, ou seja, no qual o IPCA fica acima do teto fixado pelo sistema de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%.
O mercado financeiro estimou, na semana passada, que o IPCA somará 4,95% neste ano.
Fonte: Fim da Linha
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