O compositor Hélio Rodrigues Neves, conhecido como Hélio Turco, morreu nesta quinta-feira (8), aos 87 anos. A informação foi confirmada pela Estação Primeira de Mangueira.
Ele é o maior vencedor de sambas-enredo da história da escola, com 16 canções escolhidas. Seis delas conquistaram títulos do Grupo Especial do carnaval carioca. A causa da morte não foi divulgada.
Hélio também era presidente de honra da Verde e Rosa.
"É com enorme pesar que a Estação Primeira de Mangueira informa o falecimento, aos 87 anos, de seu Presidente de Honra Hélio Rodrigues Neves, conhecido carinhosamente por todos como Hélio Turco (...) Em nome da presidenta Guanayra Firmino e toda sua diretoria, a Estação Primeira de Mangueira abraça com todo carinho seus familiares e amigos neste momento de grande dor", disse a nota da Mangueira.
Nascido no Grajaú, na Zona Norte do Rio, ele mudou-se com a família para o Morro da Mangueira aos 2 anos de idade.
Começou a compor em 1957, na ala de compositores da escola. A Mangueira desfilou com um samba de autoria dele dois anos depois, em 1959, com “Brasil através dos tempos”, uma parceria com Pelado e Cícero. A Mangueira ficou em terceiro lugar.
A primeira vitória no carnaval do Rio de Janeiro aconteceu no ano seguinte, em 1960, com “Carnaval de todos os tempos”.
Em 1961, conquistou o bicampeonato com “Recordações do Rio Antigo”.
Com "Samba, festa de um povo", em 1968, Hélio Turco venceu novamente.
No ano de 1984, Hélio Turco conquistou o campeonato mais uma vez com “Yes, nós temos Braguinha”.
Também compôs sambas que são sucesso até hoje, mas que não venceram os carnavais. Entre eles, está "e deu a louca no Barroco" ("Sinhá Olímpia / Quem é você / Sou amor sou esperança / Sou Mangueira até morrer"), de 1990 – quando a Mocidade foi campeã com "Vira, Virou".
Uma de suas obras de maior sucesso, “100 anos de liberdade, realidade ou ilusão”, de 1988, se tornou em abril deste ano o Hino Oficial do Dia Nacional da Consciência Negra no Estado do Rio de Janeiro.
O último samba do compositor para a escola foi “Se todos fossem iguais a você”, de 1992, em homenagem a Tom Jobim.
Em 2021, Hélio Turco tornou-se presidente de honra da Mangueira, sucedendo Nelson Sargento. No ano passado, foi homenageado pela obra no Prêmio Estandarte de Ouro.
Informações sobre velório e enterro não foram divulgadas até a última atualização desta reportagem.
Fonte: g1
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