domingo, junho 04, 2023

Em continuidade à agenda externa, Lula deve ir a Paris e ao Vaticano nas próximas semanas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua equipe farão duas novas viagens internacionais nas próximas semanas, à França e ao Vaticano. O petista deve participar de um encontro que discutirá medidas de financiamento para ações climáticas, em Paris.


Lula embarcando para viagem a Portugal — Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República


A "Cúpula por um novo pacto financeiro mundial" acontecerá nos 22 e 23 de junho e foi proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron. Neste sábado, Macron publicou em uma rede social sobre a visita de Lula (veja abaixo).


No ano passado, na condição de presidente eleito, Lula participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27), no Egito, e propôs uma "nova governança global" sobre temas como proteção do meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ajuda aos países mais pobres.


"Juntos, trabalharemos contra a destruição de nossas florestas, buscando mecanismos de financiamento sustentável, para deter o avanço do aquecimento global", disse Lula na ocasião.


O presidente também tem cobrado dos países ricos que cumpram o Acordo de Paris, assinado em 2015. Na ocasião, os países se comprometeram a mobilizar US$ 100 bilhões anualmente para enfrentar as mudanças climáticas.


Além da participação da na cúpula, Lula deve se reunir com Emmanuel Macron. Os dois são aliados políticos e já se encontraram em outras ocasiões.


Encontro com o Papa

A expectativa entre integrantes da diplomacia brasileira é que Lula aproveite a viagem a Paris para também ir a Roma (Itália) e se encontrar com o Papa Francisco no Vaticano.


A reunião ainda não está confirmada oficialmente. O g1 apurou que depende, por exemplo, da agenda de Francisco.


Lula e o Papa se falaram por telefone na última quarta-feira (31). Segundo o Palácio do Planalto, na conversa, Lula convidou Francisco a visitar o Brasil, e o líder da Igreja Católica "ficou de analisar a possibilidade da visita".



Em dezembro de 2020, os dois se encontraram no Vaticano. Na ocasião, o Instituto Lula informou que a conversa girou em temas como fome, desigualdade social e intolerância.


Agenda internacional

Desde que tomou posse, em 1º de janeiro, o presidente Lula tem dedicado boa parte da agenda a encontros com líderes internacionais, seja em Brasília ou em viagens ao exterior.


No discurso de posse, no Congresso Nacional, Lula afirmou que buscaria adotar medidas para que o Brasil se tornasse protagonista no cenário internacional.


Segundo o presidente, seriam adotadas medidas para retomar a integração entre países da América do Sul, "reconstruir diálogo altivo e ativo" com países de todos os demais continentes e "fortalecer" mecanismos multilaterais como o Brics (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai) e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul).


Desde a posse, Lula, por exemplo:


esteve no Japão em maio para a cúpula do G7;

viajou para a Inglaterra também em maio para a coroação do rei Charles III e para um encontro com o primeiro-ministro, Rishi Sunak;

foi a Portugal em abril para encontro com presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e com o primeiro-ministro do país, António Costa.;

viajou para a China também em abril para encontro com o presidente Xi Jiping;

cumpriu agenda nos Estados Unidos em fevereiro para se reunir com o presidente Joe Biden,

se reuniu em janeiro, em Buenos Aires, com o presidente Alberto Fernández.


No Brasil, Lula também já recebeu, por exemplo:


- a cúpula de presidentes de países da América do Sul;

- o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö (o país faz divisa com a Rússia);

- o presidente da Romênia, Klaus Werner Iohannis (o país faz fronteira com a Ucrânia),

- o presidente da Argentina, Alberto Fernández;

- o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

- o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte.

Oposição critica

Em entrevista nesta sexta (2), o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), criticou as agendas internacionais de Lula.


Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Lula está "mais preocupado" com questões externas que em resolver os problemas do país.


"Eu acho que o presidente da República daqui está muito mais preocupado em ganhar o prêmio Nobel da Paz e mediar a guerra da Rússia com a Ucrânia em vez de resolver os problemas que são encontrados aqui do Brasil, ligados à questão do desenvolvimento econômico", afirmou Marinho.


Fonte: g1

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