Entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, período referente à investigação da Polícia Federal sobre fraude do cartão de vacinação, o ex-presidente Jair Bolsonaro fez duas viagens oficiais e uma pessoal para os Estados Unidos.
A PF investiga um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Veja quais foram as três viagens de Bolsonaro:
9 de junho de 2022 – como chefe de estado e a convite do governo dos EUA, Bolsonaro viajou para uma reunião bilateral com Biden, na 9ª Cúpula das Américas. Ele foi para Los Angeles e depois para Orlando.
19 de setembro de 2022 – Bolsonaro participou da Assembleia Geral da ONU, em Nova York, também como chefe de estado.
30 de dezembro de 2022 – A última viagem, pessoal, para os Estados Unidos. Ele viajou às vésperas do fim do mandato, mas ainda era o presidente da República.
A TV Globo apurou que a fraude nos cartões de vacinação do Bolsonaro e da filha de 12 anos aconteceu em 21 de dezembro passado, pouco antes de viajarem para os EUA (no penúltimo dia de mandato). Após ser lançado no ConecteSUS, é possível gerar um comprovante de imunização. Os dados foram retirados do sistema em 27 do mesmo mês.
Essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória.
Os sistemas do Ministério da Saúde indicam que duas doses de vacinas contra Covid teriam sido aplicadas em Jair Bolsonaro. Nesta quarta, após a operação da PF, o próprio ex-presidente negou que ele e a filha tenham se imunizado.
No sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde, no entanto, constam duas doses da Pfizer:
a primeira, supostamente aplicada em 13 de agosto de 2022 no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias (RJ);
a segunda, supostamente aplicada no dia 14 de outubro, no mesmo estabelecimento de saúde.
Os dados, segundo os investigadores, foram inseridos no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações apenas em 21 de dezembro, pelo secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.
Uma semana depois, no dia 27 de dezembro do ano passado, as informações foram excluídas do sistema por Claudia Helena Acosta Rodrigues da Silva, sob alegação de "erro".
Fonte: g1
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