O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (8) que o vandalismo praticado por bolsonaristas em Brasília em 8 de janeiro foi uma "tentativa de golpe".
Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula disse ainda não ter dúvidas de que os atos foram arquitetados "pelo responsável maior de toda a pregação do ódio".
"Hoje não tenho dúvida de que isso [atos de 8 de janeiro] foi arquitetado pelo responsável maior de toda pregação do ódio, da indústria de mentiras, de notícias falsas, que aconteceu nesse país nos últimos quatro anos", disse Lula.
A fala do presidente ocorre no dia em que se completa um mês dos atos golpistas, quando radicais bolsonaristas invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF).
Lula discursou durante uma reunião com líderes de partidos da base aliada do governo, no Palácio do Planalto.
Golpe
Aos líderes partidários, Lula defendeu ainda "esquecer quem governou esse país até 31 de dezembro" do ano passado, mas "não esquecer nunca da tentativa de golpe que foi tentada no dia 8" de janeiro.
"Uma tentativa de golpe que, possivelmente, poderia ter sido organizada para o dia 1º (de janeiro) e que não foi por causa da quantidade de gente que tinha em Brasília", disse o presidente, se referindo à presença do público no dia em que tomou posse para o terceiro mandado.
"Eles tomaram a decisão de fazer aquele vandalismo que nenhum de nós estávamos habituados a assistir no Brasil", completou Lula.
Um mês dos ataques
Os ataques golpistas de 8 de janeiro contra as sedes dos Três Poderes em Brasília provocaram desdobramentos na esfera judicial, com prisões dos participantes, afastamento do governador do Distrito Federal e exoneração de servidores.
A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) abriu sete investigações. As apurações miram executores, financiadores, autores intelectuais e autoridades públicas.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é investigado em um dos inquéritos. Em outro, foi determinada a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres, além do afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Os ataques levaram à prisão em flagrante de 1.406 vândalos. Desses, 942 pessoas tiveram a prisão em flagrante convertida em prisão preventiva e 464 conseguiram liberdade provisória – com aplicação de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar durante a noite.
Fonte: g1
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