Garimpeiros estão tentando voltar ilegalmente para reserva Yanomami, em Roraima.
O rio Uraricoera, conhecido por ser rota de garimpeiros, é um dos pontos fluviais que estão ocupados pelo Ibama e pela Força Nacional. Nesta quarta-feira (8) à noite, os agentes surpreenderam um grupo tentando entrar na Terra Indígena com combustíveis, maquinário usado no garimpo e alimentos. Na ação, a força-tarefa destruiu barcos e dragas de garimpeiros.
Durante o dia, os agentes abordaram mais garimpeiros; tudo que estava no barco foi apreendido. A fiscalização também encontrou uma arma com o grupo.
Por questão de segurança, a sede do Ibama ganhou reforço da Força Nacional.
Agentes da Força Nacional, da Polícia Federal e da Forças Armadas de outros estados já estão em Roraima para dar início a mais uma fase da operação. Dessa vez, eles irão ocupar o território Yanomami, prender garimpeiros que ainda estiverem na reserva e destruir maquinários. Ao mesmo tempo, a PF investiga quem são os financiadores do garimpo, que é apontado como a principal causa da crise humanitária dos indígenas.
“Ao longo dos anos foram feitas diversas ações na Terra Indígena Yanomami. Contudo, essas ações não foram suficientes para evitar a continuidade do garimpo, sobretudo porque são ações pontuais. Há necessidade de que sejam realizadas ações contínuas no território, que sejam realizadas ações de permanência de equipes contínuas no território, além de ações pontuais”, explica o fiscal do Ibama Hugo Loss.
Nesta quarta, a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou que a operação de retirada dos garimpeiros não será rápida, podendo se estender por até um ano.
Na tarde desta quinta-feira (9), o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, sobrevoaram a reserva Yanomami em um avião das Forças Armadas. Por causa do mau tempo, não foi possível visitar o Polo Base Surucucu. Pelo alto, eles viram o tamanho da destruição causada pelo garimpo.
“Hoje deu para ver um pouco o tamanho da situação, como vai ser desafiador chegar a uma solução para esse problema que, de fato, é um problema bastante sério”, disse Silvio Almeida.
Fonte: Jornal Nacional
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