Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que as fraudes na concessão do programa Bolsa Família geraram um prejuízo de R$ 2,6 bilhões.
"Foram mais de R$ 2 bilhões de pagamentos que não deveriam ter sido feitos" disse ao blog o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho.
O relatório da CGU embasou o trabalho do Ministério do Desenvolvimento Social de revisão dos dados do programa social.
Mais cedo nesta quinta-feira (9), o ministro Wellington Dias afirmou há indícios de que 2,5 milhões de famílias recebem o benefício de forma indevida.
"Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade", afirmou Dias.
Na avaliação do ministro, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em troca de votos, fez uma "bagunça" no Cadastro Único para garantir que famílias recebessem o benefício de forma indevida.
“Foi desmantelado o cérebro do Cadastro Único. É como se tivesse uma bagunça para perder o controle", disse Dias.
Exigências
Até 2021, as famílias beneficiárias do programa precisavam, por exemplo, colocar em dia a vacinação das crianças e garantir a frequência escolar. O governo Jair Bolsonaro, porém, ao transformar o Bolsa Família em Auxílio Brasil, retirou essas exigências.
No entanto, em 2022, durante a campanha eleitoral, o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que, se eleito, iria retomar essas exigências.
E, no último dia 6, ao participar de um evento no Rio de Janeiro, Lula reiterou que os pais que receberem Bolsa Família terão de vacinar os filhos e garantir a frequência escolar das crianças.
Fonte: Blog do Camarotti
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