A Força Aérea Brasileira (FAB) prorrogou, nesta segunda-feira (13), a liberação dos corredores aéreos para saída voluntária de garimpeiros da Terra Indígena Yanomami para até o dia 6 de maio. A decisão libera voos privados para buscar os garimpeiros.
O prazo encerraria nesta segunda-feira (6) e a Força Aérea não informou o motivo do adiamento. Agora, a medida vale até 1h (horário de Brasilia) do dia 6 de maio.
Os voos privados estão liberados desde segunda-feira (6) como maneira de garantir uma saída ordenada dos garimpeiros ilegais. Antes disso, o presidente Lula (PT) determinou o controle do espaço aéreo na região, como forma de combater o garimpo ilegal e impedir chegada de equipamentos ilegais e garimpeiros.
Desde então, os invasores tentam deixar a região e até chegaram a reclamar do alto preço dos voos clandestinos para sair do local. O frete aéreo é o modo mais caro para se acessar os garimpos instalados na floresta. Os garimpeiros comentam que atualmente os voos clandestinos custam R$ 15 mil por pessoa - antes, custavam R$ 11 mil.
Além do meio aéreo, os garimpeiros podem sair do território pelos rios. No último sábado (11), o governo federal liberou o acesso pelos rios para que barqueiros retirem os invasores.
Antes da autorização, a Polícia Federal e o Ibama abordavam todas as embarcações e prendiam os equipamentos, o barco e as pessoas. Agora, algumas embarcações estão autorizadas a seguir viagem.
Estão autorizados os barcos que estão apenas com o piloteiro e o proeiro, sem carga e que estejam subindo ou descendo o rio para buscar garimpeiros e outras pessoas.
Situação Yanomami
A Terra Yanomami tem mais de 10 milhões de hectares distribuídos entre os estados de Amazonas e Roraima, onde fica a sua maior parte. São cerca de 30 mil mil indígenas vivendo na região, incluindo os isolados, em 371 comunidades.
A presença do garimpo, principalmente nos últimos quatro anos, na gestão de Jair Bolsonaro, provocou a disseminação de doenças, levando a um cenário de crise humanitária.
Por isso, a região está em emergência de saúde desde 20 de janeiro e inicialmente por 90 dias, conforme decisão do governo Lula. Órgãos federais auxiliam no atendimento aos indígenas.
O Ministério da Saúde afirma que a gestão de Bolsonaro (PL) não cumpriu solicitações para atender os indígenas doentes nas comunidades e estima que 570 crianças morreram de causas evitáveis nos últimos quatro anos.
Fiscais do Ibama, agentes da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Força Nacional de Segurança Pública estão no território desde o dia 7 de fevereiro para combater o avanço do garimpo ilegal na TI.
A operação ocorre com foco na destruição de toda estrutura usada pelos garimpeiros e para interromper o envio de suprimentos para o garimpo e o possível escoamento do minério extraído ilegalmente.
Fonte: g1
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