A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Monique Cardoso Bório (PSC), de 39 anos, foi uma das pessoas identificadas em atos golpistas em Brasília no domingo. Pâmela é divorciada do ex-governador Ricardo Coutinho, hoje filiado ao PT.
Pâmela aparece em vídeos publicados por ela mesma nas redes sociais em meio aos atos antidemocráticos, acompanhada do filho de 12 anos e com um tecido amarelo enrolado em volta do cabelo.
Ela chegou a usar óculos e máscaras na tentativa de evitar os efeitos do gás lacrimogêneo que a polícia atirou contra os invasores. E disse, em um dos vídeos publicados na rede social: "não vamos entregar o nosso país sem luta".
O conteúdo foi republicado por apoiadores e também por pessoas que buscavam identificar quem estava envolvido no ato.
Após a repercussão, o perfil dela nas redes sociais foi excluído. Em nota a veículos locais, Pâmela afirmou que estava apenas cobrindo a manifestação, na condição de jornalista.
Antes de desativar o perfil, Pâmela negou que tenha levado a criança às manifestações. "O meu filho está de férias e ontem [domingo] estava passeando no shopping com seus tios enquanto eu estava fazendo os registros [do ato]", justificou.
Quem é Pâmela Bório?
• Natural de Senhor do Bonfim (BA);
• Jornalista formada pela UNEB (Universidade do Estado da Bahia);
• Foi casada com Ricardo Coutinho (PT);
• Trabalhou como apresentadora de telejornais em afiliadas da Rede Globo e do SBT, entre 2001 e 2010;
• Representou seu estado como miss em 2008;
• Era suplente de seu partido na Câmara dos Deputados.
O UOL tentou contato com Pâmela Bório e com o ex-governador Ricardo Coutinho, mas não obteve retorno. Em caso de manifestação, o texto será atualizado.
Conflitos
Pâmela e Coutinho se casaram em 2009 e ficaram juntos até 2013. O divórcio do casal, no entanto, saiu apenas em 2015. Eles têm histórico de discussões e brigas na Justiça.
• Coutinho tem a guarda compartilhada do filho com Pâmela.
• Em julho de 2015, a ex-primeira-dama foi acusada de agredir uma babá contratada por ele para cuidar da criança. Na época, Pâmela afirmou que as agressões foram forjadas e que a babá foi flagrada filmando a rotina dela para repassar informações para o ex-marido. O processo corria em segredo de Justiça.
• Em 2017, uma decisão judicial obrigou Pâmela a não fazer qualquer publicação sobre o ex-governador nas redes sociais.
• Um ano depois, ela derrubou o portão da residência de Coutinho com seu carro. Pâmela alegou que ficou com medo de ser agredida ao buscar o filho e por isso teria saído do local de maneira brusca. Ela foi absolvida em 2019.
Fotos íntimas
Em 2017, Pâmela Bório fez uma denúncia sobre o vazamento de fotos íntimas na internet. De acordo com a ex-primeira-dama, as imagens vazadas foram adquiridas por meio de um aparelho celular que foi hackeado entre os anos de 2013 e 2014, período em que ainda era casada com Ricardo Coutinho. Ela fez um boletim de ocorrência de crime cibernético com base na Lei Carolina Dieckmann.
Fonte: Uol
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