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terça-feira, janeiro 10, 2023

850 crianças e adolescentes morreram de Covid no Brasil em 2022, aponta Ministério da Saúde

Desde o início da pandemia, 3.562 crianças e adolescentes morreram por conta da Covid-19. No total, foram notificados 57.388 casos em crianças e adolescentes de até 19 anos. Só no ano passado, foram 850 mortes causadas pela doença. As informações são de uma nota técnica divulgada pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (9) e consideram dados até o início de dezembro de 2022.


Bebê recebe a vacina contra covid-19 — Foto: Bruno Concha/Secom


O ministério apontou "tendência de redução neste ano quando comparado aos anos anteriores, a despeito do aumento de casos".

A maior incidência e mortalidade foi entre os menores de 1 ano, 1.144 bebês com menos de um ano morreram por conta da Covid do início da pandemia até dezembro de 2022, representando 4,93 mortes a cada 100 mil habitantes.

A nota aponta ainda que no ano passado houve aumento do número de crianças e adolescentes hospitalizadas por conta da doença, foram 20.544 hospitalizados até o início de dezembro.

Entre os hospitalizados, 31,5% tinham comorbidades, principalmente asma, doenças neurológicas e problemas no coração.


Síndrome Inflamatória Multissistência

Outra preocupação do Ministério da Saúde é com a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada a covid-19. Essa condição pode ocorrer em crianças e adolescentes após o contato com o vírus e pode levar a casos graves. Ela é mais comum em crianças de até 4 anos.


"A SIM-P parece ocorrer em uma fase tardia da covid-19, cerca de duas a seis semanas após o contato com vírus, mas também já foram registrados casos na fase aguda da doença", aponta a nota.

Desde o início da pandemia, já foram confirmados 1.960 casos da síndrome, com 134 óbitos. Em 2020, foram 749 casos com 50 mortes; em 2021, 840 casos e 55 mortes; e, em 2022, até dezembro, 371 casos e 29 mortes.


O documento aponta que "em janeiro de 2022, houve novo aumento do número de casos, o que pode ser justificado pelo aumento da circulação do vírus SARS-CoV-2 na população no mesmo período".


A nota reforça que, apesar de as crianças e adolescentes apresentarem menor risco para a covid, elas "não estão isentas de desenvolver as formas graves da doença" e reforça a necessidade de vacinação, com o esquema vacinal completo.


O ministério também indica que sejam observados os "perfis epidemiológicos locais", ou seja, a circulação do vírus em cada região para a adoção de outras medidas, como uso de máscaras, distanciamento social, etiqueta respiratória e higiene das mãos.


Fonte: g1

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