Um “gato” de energia foi descoberto na tarde de segunda-feira (17) em um restaurante na Avenida da Integração, em Candelária, bairro da Zona Sul de Natal. O responsável pelo estabelecimento foi levado à delegacia.
Segundo a companhia Neoenergia Cosern, o desvio foi descoberto durante uma inspeção de rotina. Os técnicos da distribuidora constataram que existia uma fraude na medição.
A Polícia Militar foi chamada até o local e conduziu o responsável pelo estabelecimento para prestar esclarecimentos na Central de Flagrantes da Polícia Civil, na Cidade da Esperança. Ele foi liberado em seguida.
Segundo a Cosern, um boletim de ocorrência foi aberto e um inquérito será conduzido pela delegacia de polícia responsável pela área onde o caso foi identificado.
De janeiro até setembro, a companhia energética fez mais de 46 mil inspeções e identificou 4.240 fraudes em 2022. Esse número representa crescimento de 176% em relação ao mesmo período do ano passado.
Em todo Rio Grande do Norte, o volume de energia que estava sendo desviado e foi recuperado na “Operação Varredura” este ano passou de 18 milhões de kWh e daria para abastecer, por exemplo, um município do porte de Parnamirim - terceira maior cidade do estado - por 15 dias.
A energia também seria suficiente para abastecer cerca de 125 mil residências por 30 dias. Para se ter ideia, o consumo médio de uma residência potiguar gira em torno de 145 kWh por mês.
O gato de energia é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e a pena para o responsável pela irregularidade (fraude, furto ou adulteração de medidor) pode chegar a oito anos de reclusão.
Segundo a Cosern, além de crime, o “gato” representa risco de morte a quem faz e a quem está próximo. A ligação clandestina também provoca perturbações no fornecimento de energia da região e pode causar a queima de eletrodomésticos dos vizinhos.
“É muito importante que os potiguares saibam que todos nós pagamos pelo prejuízo causado por esse tipo de crime”, diz Gilmar Mikeias, gerente de Recuperação da Receita da Neoenergia Cosern.
“Todos os anos, no momento de calcular o valor do reajuste tarifário, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) inclui no cálculo um percentual relativo à essas perdas”, alerta o gerente.
Fonte: g1
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