A candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, disse neste domingo (11) que não tem medo de violência política e que vai continuar indo às ruas para se encontrar com eleitores mesmo se houver xingamentos ou gritaria. A afirmação de Tebet foi feita durante sua agenda de campanha na Avenida Paulista.
"Eu não posso ter medo, a minha responsabilidade é muito grande. Como eu disse, coragem nunca me faltou. Muitos, lá atrás, perderam a vida por democracia. Não vai ser um ataque, um xingamento, uma gritaria que vai me tirar das ruas. Muito pelo contrário. Isso só reforça que nós estamos no caminho certo, que nós temos uma missão pro Brasil".
"Eu estou convicta que essa candidatura e essa eleição não pode ser uma eleição do medo. Se for uma eleição do medo, nós estamos fadados a ficar quatro anos vendo pessoas na fila do osso, crianças mal alimentadas, trabalhadores com mãos em forma de súplica pedindo um emprego. Porque se um dos dois ganhar a eleição, um não dará paz para o outro, eles não terão governabilidade, não terão condições de resolver os problemas complexos que hoje o Brasil vive".
Um dia antes, no sábado (10), foi registrada uma confusão com a equipe de Ciro Gomes (PDT), em Porto Alegre (RS). Um homem que disse ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou agredir apoiadores de Ciro.
A equipe do pedetista ainda afirmou que o homem teria dito que estava armado, mas a Brigada Militar nega a informação.
No dia 7 de setembro, a campanha do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, informou que cancelou, por motivos de segurança, a agenda em Presidente Prudente, no interior do estado.
"O cancelamento se deveu ao fato de que, na manhã desta terça-feira (6), a coordenação tomou conhecimento de mensagens veiculadas em grupos de WhatsApp da região com ameaças explícitas à passagem do candidato na cidade", diz nota da campanha.
Tebet também ressaltou que ela e a equipe estão tomando todos os cuidados diante de ameaças.
"A violência política tem acontecido desde o primeiro dia que entrei na vida pública, mas nunca nessa grandeza e tão acirrada. Estamos recebendo de ambos os lados, mas não foram ataques mais físicos, ameaças com armas, mas estamos tomando todo um cuidado. E a nossa campanha se propõe a fazer totalmente o contrário. Por isso tenho falado, que nossa candidatura é a única capaz de pacificar o Brasil. Nós precisamos acabar com a polarização, unir o Brasil. Sem isso, o Brasil não vai crescer".
A candidata ainda mencionou sobre defender o reajuste de 100% na tabela do SUS.
"Há vinte anos, mais ou menos, que a tabela SUS está desatualizada. Tem tanto dinheiro para corrupção, pro orçamento secreto, gastos tributários sem nenhum benefício, sem nenhum retorno para a sociedade brasileira. Nós temos um orçamento de quase R$ 5 trilhões. Tirando o serviço da dívida, são quase R$ 2 bilhões. Será que nós não conseguimos avançar em 25% de aumento da tabela SUS, chegando em 100% em quatro anos?".
"Afinal, o dinheiro é do povo, é ele que paga imposto. Será que ele quer que o dinheiro vá para o orçamento secreto, pro bolso de um deputado ou senador ou será que ele quer que vá para o SUS para abrir a porta para o pobre ter a mesma qualidade de saúde que o rico? Então, sim, vai ter dinheiro, tem dinheiro e nós vamos fazer desde o primeiro dia".
Fonte: g1
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