Lula, candidato do PT à eleição presidencial de outubro, disse que o presidente Jair Bolsonaro (PL) gostaria de uma "carta feita por milicianos" após o presidente criticar documento a favor da democracia. A declaração ocorreu em evento com empresários na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo, nesta terça-feira (9).
"Como é que a gente pode viver num país em que o presidente conta sete mentiras todo dia? E com a maior desfaçatez. Que chama uma carta, que defende a democracia, de cartinha? Quem sabe a carta que ele gostaria de ter é uma carta feita por milicianos no Rio de Janeiro e não uma carta feita por empresários, intelectuais, sindicalistas defendendo um regime democrático", afirmou Lula.
No mesmo evento, Lula defendeu duas reformas a serem feitas, caso eleito: a tributária, que está nas propostas de governo apresentadas pelo PT ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a administrativa, que não consta no documento.
Na segunda, Bolsonaro esteve em evento com banqueiros da Febraban e declarou que "democrata não precisa assinar cartinha", ao se referir a documento criado por ex-alunos da Universidade de São Paulo (USP), em defesa da democracia e do sistema eleitoral eletrônico.
“Outra coisa, pessoal, quem quer ser democrata, não precisa assinar cartinha, não. Se tiver que assinar que sou honesto, todo mundo vai assinar que é honesto. Democracia tem que sentir o que a pessoa está fazendo. (...) Falar todo mundo fala. Fazer cartinha todo mundo faz”, disse o presidente.
Evento na Fiesp
Lula participou de uma série de encontros promovidos pela Fiesp com presidenciáveis. O petista contou com a presença de seu candidato a vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), e do coordenador do plano de governo da chapa à Presidência, Aloizio Mercadante (PT).
Simone Tebet (MDB) e Ciro Gomes (PDT) participaram, enquanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou sua ida, programada para a quinta-feira (11).
Em sua fala, Mercadante disse que houve um erro no plano de governo quando tratou de "regular a agricultura". O mesmo sobre a retirada da defesa da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Encla), que aparecia em versão anterior.
Alckmin falou na sequência e agradeceu a Fiesp por promover um ato em defesa da democracia. "As pessoas passam, as instituições ficam", afirmou. Atual presidente da Federação, Josué Gomes é filho do ex-vice-presidente José Alencar, morto em 2011.
Gomes substituiu Paulo Skaf, alinhado com o presidente Jair Bolsonaro (PL) e defensor do impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. Nesta eleição, Skaf tenta articular campanha ao Senado.
Fonte: g1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!