A divergência entre o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o procurador-geral da República, Augusto Aras, tornada pública nesta terça-feira (32), é a segunda entre eles no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais contra a democracia.
Nesta terça, após ordem de Moraes, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a oito empresários que compartilharam mensagens golpistas em um grupo de mensagens de um aplicativo.
O site Metrópoles informou que esses empresários, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), defenderam um golpe de Estado caso o candidato à reeleição perca em outubro; todos negam ter defendido golpe.
Após a operação contra os empresários, Augusto Aras divulgou uma nota afirmando não ter sido informado oficialmente sobre a decisão de Alexandre de Moraes.
Horas depois, o gabinete do ministro do STF se pronunciou sobre o caso e disse que, sim, a Procuradoria Geral da República havia sido notificada.
Primeira divergência
O formato adotado por Aras nesta terça-feira repetiu a conduta já adotada pelo procurador-geral da República em outras ocasiões, questionando, por meio de notas oficiais, procedimentos e investigações que envolvem aliados de Bolsonaro.
Em agosto do ano passado, quando o ex-deputado Roberto Jefferson foi preso, Alexandre de Moraes afirmou que a PGR perdeu o prazo para se manifestar sobre a operação.
Moraes disse que, no dia 5 de agosto, enviou o caso à Procuradoria, mas as até o dia 12 de agosto o órgão não havia se manifestado.
Em nota, a PGR disse que se manifestou "no tempo oportuno" e se posicionou contra a prisão de Jefferson, aliado de Bolsonaro, alegando que se tratava de censura prévia.
Candidato a presidente da República pelo PTB, Roberto Jefferson se diz "fã" de Bolsonaro e cumpre prisão domiciliar atualmente.
Fonte: g1
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