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segunda-feira, agosto 22, 2022

Kiev reconhece a morte de 9.000 soldados na guerra, três vezes mais que balanço anterior.

A Ucrânia afirmou nesta segunda-feira (22) que cerca de 9.000 de seus soldados foram mortos desde o início da invasão russa há seis meses, enquanto a União Europeia estuda uma missão de "treinamento" do exército ucraniano diante de uma "guerra que dura".


Soldados se movimentam pelo interior da Ucrânia durante conflito com a Rússia — Foto: MIGUEL MEDINA / AFP


Ao discursar em um fórum em Kiev, o comandante em chefe do Exército ucraniano, o general Valery Zaluzhny, disse que as crianças ucranianas precisam de atenção especial porque seus pais foram seguiram o 'front' e "provavelmente estão entre os quase 9.000 heróis que foram mortos".


Esta é uma das raras declarações de oficiais ucranianos sobre as perdas militares nesta guerra, iniciada em 24 de fevereiro por Moscou.



A estimativa anterior data de meados de abril, quando o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mencionou o número de 3.000 soldados ucranianos mortos e cerca de 10.000 feridos desde o início da ofensiva russa.

Enquanto muitos países europeus estão fornecendo equipamentos militares para a Ucrânia, a UE planeja organizar uma missão de "treinamento e assistência" ao exército ucraniano que ocorrerá em países vizinhos, informou o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell.


A proposta será discutida na próxima semana em Praga no Conselho de ministros da Defesa dos países-membros da UE.


'Guerra que dura'

"Uma guerra que dura e parece que vai durar exige um esforço não só de fornecimento de equipamentos, mas também de treinamento e ajuda na organização do exército", comentou Borrell em entrevista coletiva na Espanha.


"Estamos diante de uma guerra em larga escala, uma guerra convencional com meios extraordinariamente grandes e centenas de milhares de soldados", explicou.

"Esta não é uma guerra pequena", insistiu o alto representante da UE, de nacionalidade espanhola.


"Dez milhões de ucranianos deixaram seu país, é como se 20% dos espanhóis tivessem deixado a Espanha".


"Estamos em um momento em que a frente está se estabilizando. Mesmo que o exército russo continue tentando ofensivas (limitadas), vemos uma perda de ímpeto; Moscou está em posição defensiva em grande parte da frente e parte de sua retaguarda na Ucrânia", comentou à agência de notícias France Presse o pesquisador do Instituto Francês de Relações Internacionais (IFRI) Dimitri Minic.


Dois aviões do exército dos Estados Unidos sobrevoarão vários países do sudeste da Europa nesta segunda-feira em uma nova demonstração de força para assegurar o "compromisso" americano ao lado dos membros da Otan no contexto da guerra na Ucrânia, anunciou por sua vez o comando americano.


Bombardeiros B-52 Stratofortress baseados no Reino Unido também realizaram "sobrevoos em baixa altitude no sudeste da Europa", explicou o Exército em comunicado.


No campo de batalha, o ministério da Defesa russo anunciou nesta segunda-feira (22) que suas tropas mataram até cem soldados ucranianos em três localidades diferentes na região de Donetsk, além de 30 na região de Zaporozhzhia e 50 na região de Mykolaiv, no leste da Ucrânia.


Dezenas de veículos blindados ucranianos foram destruídos, junto com oito postos de comando, um lançador de mísseis antiaéreos Buk-M1 e seis depósitos de armas e munições para foguetes e artilharia, segundo o ministério.


France Presse


Fonte: g1

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