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segunda-feira, julho 18, 2022

Moraes manda tirar do ar postagens de bolsonaristas com fake news sobre Lula

O ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou nesta segunda-feira (18) que sejam retiradas do ar mensagens publicadas por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro nas redes sociais que contêm fake news sobre o ex-presidente Lula.


Alexandre de Moraes, vice-presidente do TSE — Foto: Reprodução/TV Globo


Na condição de presidente em exercício do TSE, Moraes atendeu a um pedido do PT. Uma das postagens com fake news questionadas pelo partido é a que associa o ex-presidente Lula ao crime organizado. Outra publicação com fake news também contestada associa o partido ao fascismo e ao nazismo.


A decisão vale para as publicações desse conteúdo feitas por:


Otoni de Paula (MDB-RJ), deputado federal;

Jornal da Cidade On-line;

José Pinheiro Tolentino Filho, jornalista e editor-chefe do Jornal da Cidade On-line;

Carlos Eduardo Martins, empresário;

Max Guilherme Machado de Moura, assessor especial da Presidência;

Flávio Bolsonaro (PL-RJ), senador;

Carla Zambelli (PL-SP), deputada federal;

Jornal Minas Acontece;

Pedro Alencar Azevedo, sócio do Jornal Minas Acontece;

Cláudio Gomes de Carvalho;

Helio Lopes (PL-RJ), deputado federal;

Gilney Gonçalves da Silva, empresário;

Responsáveis pelo canal DR News no YouTube;

Responsáveis pelo canal Políticabrasil24 no YouTube;

Responsáveis pelo perfil Titio 2021 no Gettr;

Responsáveis pelo perfil Zaquebrasil no Gettr.

A multa por descumprimento da decisão é de R$ 10 mil.


No pedido enviado ao TSE, o PT argumentou que a disseminação de fake news busca convencer os eleitores a não votar em Lula nas eleições deste ano (o petista é pré-candidato à Presidência).


"A veiculação de propaganda eleitoral antecipada negativa por meio de notícias falsas, descontextualizadas ou sem qualquer demonstração de provas, por meio de redes sociais e veículos de comunicação que divulgam matérias tendenciosas e parciais [...] tem evidente propósito de desincentivar os cidadãos brasileiros a votarem no ex-presidente Lula", afirma a ação.



A decisão do ministro

Na decisão, Moraes escreveu o que tem dito em discursos recentes, que a liberdade de expressão não permite propagação de "discurso de ódio".


"A liberdade de expressão não permite a propagação de discursos de ódio e ideias contrárias à ordem constitucional e ao Estado de Direito, inclusive pelos pré-candidatos, candidatos e seus apoiadores antes e durante o período de propaganda eleitoral", escreveu.


O ministro acrescentou ainda que a "insensata" disseminação de fake news compromete o processo eleitoral.


"O sensacionalismo e a insensata disseminação de conteúdo inverídico com tamanha magnitude pode vir a comprometer a lisura do processo eleitoral, ferindo valores, princípios e garantias constitucionalmente asseguradas, notadamente a liberdade do voto e o exercício da cidadania”, escreveu.


Fonte: g1

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