O promotor encarregado pela unidade do Ministério Público que processa pessoas ligadas ao crime organizado no Paraguai, Marcelo Pecci, foi assassinado nesta terça-feira (10) na Colômbia.
Ele estava em viagem de lua de mel na ilha de Barú, perto de Cartagena de Índias.
O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou a morte em uma rede social: “O covarde assassinato do promotor Marcelo Pecci na Colômbia deixa toda a nação paraguaia de luto. Condenamos, da maneira mais enérgica, esse trágico incidente e redobramos nosso compromisso de lutar contra o crime organizado”, disse ele.
A embaixadora do Paraguai na Colômbia também confirmou a história.
Ainda não há informações sobre as circunstâncias da morte. De acordo com o jornal paraguaio "ABC Color", ele foi assassinado a tiros em uma praia.
De acordo com o jornal, duas pessoas se aproximaram em um jet-ski e, mesmo da água, abriram fogo contra o promotor. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas já chegou lá morto, segundo o "ABC Color".
Pecci havia se casado com com a jornalista Claudia Aguilera no dia 30 de abril. Horas antes do assassinato, ela havia anunciado em uma rede social que os dois esperavam o primeiro filho.
Quem era Pecci
Pecci, de 45 anos, era o responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai. Ele atuou em diversos casos que tiveram repercussão no país. De acordo com textos publicados na página do próprio Ministério Público, Pecci processou pessoas acusadas de pertencer a organizações ligadas ao narcotráfico e de lavar dinheiro para essas organizações.
O promotor também participou das apurações que envolveram a prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai. Em 2020, o ex-jogador de futebol entrou no Paraguai com um documento falso. A promotoria entendeu, no entanto, que Ronaldinho e seu irmão, que também usou documento falso para entrar no país, haviam sido enganados.
O promotor também processou um brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi, suspeito de chefiar uma organização criminosa que fornecia dinheiro e infraestrutura para o tráfico internacional de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai e também nos Estados Unidos, em agosto de 2021.
Fonte: g1
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