terça-feira, maio 10, 2022

Promotor paraguaio chefe de unidade que combate crime organizado é assassinado durante lua de mel na Colômbia

O promotor encarregado pela unidade do Ministério Público que processa pessoas ligadas ao crime organizado no Paraguai, Marcelo Pecci, foi assassinado nesta terça-feira (10) na Colômbia.


Imagem de Marcelo Pecci do site do Ministério Público do Paraguai — Foto: Reprodução/Ministério Público do Paraguai


Ele estava em viagem de lua de mel na ilha de Barú, perto de Cartagena de Índias.


O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, confirmou a morte em uma rede social: “O covarde assassinato do promotor Marcelo Pecci na Colômbia deixa toda a nação paraguaia de luto. Condenamos, da maneira mais enérgica, esse trágico incidente e redobramos nosso compromisso de lutar contra o crime organizado”, disse ele.


A embaixadora do Paraguai na Colômbia também confirmou a história.


Ainda não há informações sobre as circunstâncias da morte. De acordo com o jornal paraguaio "ABC Color", ele foi assassinado a tiros em uma praia.


De acordo com o jornal, duas pessoas se aproximaram em um jet-ski e, mesmo da água, abriram fogo contra o promotor. Ele chegou a ser levado ao hospital, mas já chegou lá morto, segundo o "ABC Color".


Pecci havia se casado com com a jornalista Claudia Aguilera no dia 30 de abril. Horas antes do assassinato, ela havia anunciado em uma rede social que os dois esperavam o primeiro filho.


Quem era Pecci

Pecci, de 45 anos, era o responsável pela Unidade Especializada de Crime Organizado e Narcotráfico do Paraguai. Ele atuou em diversos casos que tiveram repercussão no país. De acordo com textos publicados na página do próprio Ministério Público, Pecci processou pessoas acusadas de pertencer a organizações ligadas ao narcotráfico e de lavar dinheiro para essas organizações.


Ronaldinho Gaúcho de algemas para prestar depoimentos no Paraguai, em 7 de março de 2020 — Foto: Jorge Saenz/AP


O promotor também participou das apurações que envolveram a prisão de Ronaldinho Gaúcho no Paraguai. Em 2020, o ex-jogador de futebol entrou no Paraguai com um documento falso. A promotoria entendeu, no entanto, que Ronaldinho e seu irmão, que também usou documento falso para entrar no país, haviam sido enganados.


O promotor também processou um brasileiro de origem libanesa, Kassem Mohamad Hijazi, suspeito de chefiar uma organização criminosa que fornecia dinheiro e infraestrutura para o tráfico internacional de drogas na fronteira do Brasil com o Paraguai e também nos Estados Unidos, em agosto de 2021.


Fonte: g1

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!