A República Democrática do Congo, na África Central, declarou, nesta quinta-feira (16), o fim do segundo surto de ebola no país neste ano, depois de 42 dias sem novos casos da doença.
A nova aparição da doença havia começado em outubro e foi a 13ª na história congolesa.
Ao todo, houve 11 casos da doença, com 6 mortes, todos registrados na província de Kivu do Norte. A província é a mesma onde houve o surto de 2018, que durou dois anos. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o surgimento mais recente está ligado ao surto de 2018.
A OMS disse, ainda, que "não é incomum que casos esporádicos ocorram após um grande surto". O ciclo de 42 dias representa dois períodos de incubação da doença – por isso, é necessário esperar esse tempo depois da alta do último paciente, para que as autoridades saibam que não há mais casos ativos.
Campanha
De acordo com a OMS, mais de 1,8 mil pessoas foram vacinadas no país, em uma campanha contra o vírus que começou apenas 5 dias depois que o primeiro caso foi detectado. O surto marca a primeira vez em que a vacina Ervebo, recentemente licenciada contra o ebola, foi usada no país.
“Vigilância mais forte da doença, envolvimento da comunidade, vacinação direcionada e resposta imediata estão contribuindo para uma contenção mais eficaz do Ebola na região”, declarou a médica Matshidiso Moeti, diretora regional da OMS para a África.
“Durante este surto, a República Democrática do Congo conseguiu limitar as infecções generalizadas e salvar vidas. Lições cruciais estão sendo aprendidas e aplicadas a cada experiência de surto", completou.
De acordo com a entidade, uma resposta rápida, incluindo medidas de controle de surto, como rastreamento de contato, testes, vigilância de doenças, assim como esforços de colaboração da comunidade ajudaram a conter o surto na cidade de Beni, onde o caso inicial foi detectado. Em apoio ao país, a OMS enviou especialistas, suprimentos e contribuiu com fundos para ajudar a conter o surto.
A OMS pontuou, entretanto, que a segurança imprevisível e por vezes volátil em partes de Beni dificultou a resposta em algumas localidades, com os profissionais de saúde e outros da linha de frente sem conseguir acessar áreas inseguras para monitorar contatos de alto risco ou aplicar vacinas.
Fonte: g1
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